Quem tem hemorroidas pode fazer sexo anal? Quais os cuidados?
Daniel Navas
Colaboração para o VivaBem
03/10/2023 04h00
Durante as crises de hemorroidas, o indicado é não praticar o sexo anal. Isso porque pode aumentar sintomas como dores e sangramentos e causar até complicações, como trombose e fissuras no ânus.
Hemorroidas são estruturas vasculares (artérias e veias) que existem normalmente no ânus e, portanto, fazem parte da anatomia do ser humano. O que pode acontecer é a inflamação desses vasos, o que caracteriza a chamada doença hemorroidária, cujos principais sintomas são:
dor;
ardência;
sangramento;
prolapso (exteriorização das veias pelo canal anal).
Além disso, existem alguns fatores de risco que fazem com que algumas pessoas tenham maior tendência à doença hemorroidária. São eles:
intestino preso;
dificuldades para evacuar;
permanecer sentado por períodos muito prolongados;
evacuação demorada no banheiro;
esforço físico mais intenso;
dieta como baixa ingestão de fibra e de água.
Caso você tenha um ou mais desses sintomas, é importante buscar a ajuda de um médico proctologista para que ele faça uma avaliação a fim de identificar se você tem ou não a doença hemorroidária. Caso o diagnóstico seja positivo, existem vários tipos de tratamento, que irão depender do grau da complicação.
As terapias podem variar desde mudanças de hábitos, como a ingestão maior de líquidos e alimentos com fibras, além da prática de atividades físicas, até o uso de medicamentos e cirurgia.
Independentemente de você ter ou não problema de hemorroidas, é importante tomar alguns cuidados durante o sexo anal:
sempre utilize preservativos;
faça uso de lubrificante íntimo;
evite traumas bruscos;
antes do ato em si, realize uma dilatação local usando um ou dois dedos.
Fontes: Adryano Gonçalves Marques, coloproctologista e preceptor de residência médica do Hospital Geral Dr. César Cals, em Fortaleza (CE); Bruno Barreto, médico coloproctologista do HU-UFMA (Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, vinculado a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Eron Miranda, proctologista do Hospital São Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR); Paulo Kotze, coloproctologista do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR).
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