4 cuidados com o corpo e a mente que Mari Ferrão adotou após os 45 anos
Colaboração para VivaBem
24/10/2023 04h05
Não é novidade para ninguém que, com o decorrer do tempo, nosso corpo passa por mudanças —geralmente potencializadas entre os 40, 45 anos, especialmente nas mulheres, por causa da menopausa.
Com 45 anos recém-completados, a jornalista Mariana Ferrão diz já sentir alguns desses efeitos.
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Mas engana-se quem acha que ela encara o envelhecimento como um problema. Pelo contrário. Aproveita a chegada da maturidade para buscar um equilíbrio nos cuidados com a saúde, o bem-estar e a beleza, com atividades que ativam corpo e mente, como ioga e tai chi, o fim da "obrigação" de só sair usando maquiagem etc.
Não vou dizer que minha autoestima não tenha altos e baixos, mas ela existe hoje de um lugar de alguém que se reconhece com todas as imperfeições que tem, com todas as fraquezas que tem e que também reconhece que só está onde está por causa dessas imperfeições, dessas fraquezas. Eu acho que eu estou fazendo as pazes com a minha autoestima, inclusive para poder ser mais eu da maneira mais natural possível Mariana Ferrão, jornalista
É com esse espírito que Mari Ferrão vai apresentar, nesta quinta-feira (26), o VivaBem No Seu Tempo, evento com convidados especiais para falar sobre envelhecimento sem tabu.
Ingrid Guimarães, Ticiane Pinheiro, Joice Berth, Malvino Salvador, Fabiana Scaranzi e Mateus Carrieri são alguns dos participantes que irão conversar sobre mudanças na carreira, beleza, sexo e saúde após os 45 anos. Veja aqui a programação do VivaBem no Seu Tempo e confira a cobertura do evento ao longo das próximas semanas no VivaBem.
A seguir, Mariana Ferrão revela alguns cuidados que adotou nessa nova fase da vida.
"Sinto uma mudança de ritmo e busco mais autoconhecimento: como muitas mulheres do nosso tempo, sempre tive uma energia muito yang, de fazer, acontecer e realizar, com pouca permissão para manifestar meu lado mais yin, do cuidado, da pausa, do acolhimento; mas agora passei a me permitir equilibrar melhor isso e está sendo bem gostoso de observar", conta.
Trocar informações e experiências
"Venho sentindo desde o ano passado uma mudança muito acentuada na minha TPM —e eu sempre fui uma pessoa que tive poucos sintomas, nunca sentia muita cólica, só ficava um pouquinho mais sensível uns dois dias antes de a menstruação descer. Mas um pouco antes de completar 45 anos, isso foi ficando muito mais sério e intenso e passou a durar mais tempo, às vezes, dez dias: sentia como uma neblina mental muito forte, uma tendência a ficar mais para baixo, mais irritada e menos tolerante", conta Ferrão.
"Quando percebi a mudança na TPM, escrevi para o meu grupo de amigas da escola e perguntei se elas também sentiam isso. O assunto ficou em pauta durante umas duas semanas e foi interessante sentir esse pertencimento." A jornalista diz que foi atrás de informações sobre a menopausa e tratamentos como reposição hormonal e, hoje, se cuida com medicamentos antroposóficos. "Eles me ajudaram muito a segurar a onda."
Libertar-se
"Eu estou me libertando cada vez mais de artifícios que usava achando que levantavam a minha autoestima. Isso tem me feito muito bem. Hoje saio para encontrar as amigas sem maquiagem, algo que eu não fazia. Então, digo que estamos numa fase de nos conhecer melhor, eu e minha autoestima, e de sermos amigas daqui para todo sempre."
Alimentação e atividade física
A jornalista conta que já alterou bastante a rotina. Suas mudanças normalmente começam pelo corpo e depois migram para a mente.
Sem comer carne há anos, agora vem reduzindo também o consumo de peixe e outras proteínas animais. O café, aos poucos é substituído pelo chá.
No campo da atividade física, Mari pratica ioga e, há dois anos, começou a fazer tai chi.
"A arte marcial tem me colocado no eixo e me permitido reconhecer minha própria energia. Também intensifiquei as práticas de meditação, que têm me trazido bastante consciência do quanto o uso consciente da energia nos coloca num outro lugar de saúde. Se sinto que minha imunidade está baixa e procuro fazer mais pausas, diminuir o ritmo para dar conta de suprir aquela baixa.
Procurar a verdadeira beleza
"Até o ano retrasado eu fazia aplicações de Botox pelo menos uma vez por ano, mas agora aposto na automassagem facial e tenho ficado bem feliz com o resultado." São dez minutos por dia, além da aplicação de óleos na pele para combater o ressecamento.