Seus cabelos estão caindo? Veja três motivos que causam a queda dos fios
Fios de cabelo espalhados pela casa, no travesseiro e na escova. Uma pessoa saudável perde cerca de 70 a 100 fios de cabelo por dia. Quando esse volume é maior, a queda é duradoura e chega ao ponto de causar falhas, porém, é preciso investigar as causas. O alerta foi feito pela dermatologista Cristine Carvalho, durante participação no quinto episódio da 9ª temporada do Conexão VivaBem.
"Às vezes, as pessoas têm vergonha de falar que o cabelo está caindo e de procurar um médico por causa da queda de cabelo", afirmou a médica. "Mas é importante investigar a causa de qualquer sinal de queda ou de sintomas no couro cabeludo."
Um dos principais motivos por trás da queda dos fios é a alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície. "A calvície tem origem genética e pode começar a partir dos 18 anos, mas a média é aos 25", explicou Carvalho.
A condição é gradativa e costuma ser mais intensa para os homens: no caso deles, a região mais afetada são as "entradas" e o cocuruto. Já nas mulheres, a queda costuma acontecer na parte superior e na coroa da cabeça.
Não existe cura para a alopecia androgenética, mas quanto antes o problema for diagnosticado, é possível retardar a perda do cabelo. Isso significa que, com o tratamento, dá para "segurar a evolução" da calvície, para que o paciente, caso queira, não fique calvo tão cedo, explicou a dermatologista.
Mas essa não é a única causa da queda das madeixas. A dermatologista citou outros três motivos que podem prejudicar o ciclo capilar. Veja abaixo:
1) Anemia
A anemia por falta de ferro é uma vilã da saúde dos fios: o ferro é um mineral envolvido no transporte de oxigênio, que é fundamental para o crescimento do cabelo. Os fios enfraquecem e caem mais do que o normal se a pessoa estiver com deficiência desse mineral.
A solução? "É óbvio que a gente prescreve manipulados com ferro e outros micronutrientes, como vitamina C, E, magnésio e selênio, mas a reposição não é tão efetiva como você ter um corpo saudável", afirmou Carvalho.
"Se o seu corpo tem as vitaminas na quantidade certa, se você se alimenta da forma correta, obviamente que isso vai ser muito mais natural", acrescentou a médica. Entre as principais fontes de ferro estão a carne vermelha, a couve, o feijão e castanhas.
2) Período pós-parto
A perda de fios após o nascimento de um bebê é chamada de eflúvio telógeno e costuma ser intensa. O problema é causado pela diminuição brusca dos hormônios da gravidez, principalmente a progesterona e o estrogênio, o que costuma acontecer três meses após o parto.
Perda de nutrientes, sangramentos e estresse emocional também impactam a saúde capilar nesse período. "O parto é um gatilho na sua totalidade, a gente está falando de um estresse cirúrgico para o corpo e de um estresse mental que pode estimular a queda de cabelo", explicou a dermatologista.
A boa notícia é que, na maioria dos casos, o problema é autolimitado e dura, em geral, de seis até nove meses depois do nascimento do bebê. Mas em alguns casos a perda dos fios pode se estender mais —aí é hora de buscar ajuda de um dermatologista.
A atriz Claudia Raia, que também participou do programa, contou que perdeu tufos de cabelo depois do nascimento do caçula de sete meses. Seguindo as recomendações de sua dermatologista, ela disse que tem tratado os cabelos para aplacar a perda brusca dos fios com um xampu para queda, vitaminais e procedimentos realizados em consultório, incluindo um tratamento com células-tronco.
3) Doenças da tireoide
Qual a relação entre a queda de cabelo e a tireoide? Localizada no pescoço, esta glândula em formato de borboleta produz os hormônios T3 e T4, que regulam todo o nosso metabolismo. Se o seu funcionamento é prejudicado, portanto, o corpo prioriza o envio de nutrientes para os órgãos vitais, deixando cabelo, unhas e pele de lado.
Além de provocar a queda dos fios, sintomas como fadiga, depressão, inchaço e intolerância ao frio também podem ser indícios do problema. Ao perceber esses sinais, a pessoa deve consultar o médico e fazer exames de sangue. Se o hipotireoidismo for confirmado, é preciso fazer a reposição hormonal com um endocrinologista.
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