Barriga e obesidade: estudo revela que comer tarde pode fazer muito mal
Um estudo realizado por pesquisadoras da Universidade Federal de Uberlândia associou o hábito de comer tarde com a obesidade. Entenda o que a pesquisa revelou:
1 - O que o estudo demonstrou
Quem faz refeições em um intervalo maior do que 12 horas tem uma prevalência maior de obesidade abdominal. O resultado leva em conta a comparação com os indivíduos que não têm o mesmo hábito.
Quem come mais tarde também tem maior prevalência de glicemia elevada em jejum.
Entre os mais velhos, refeições tardias estão associadas a triglicerídeos elevados.
2 - Como a pesquisa foi realizada
A análise incluiu 7.379 indivíduos adultos e idosos. Eles participaram de um estudo realizado nos Estados Unidos entre 2015 e 2018. O banco de dados é público e, por isso, os pesquisadores brasileiros puderam utilizar as informações.
Os dados disponíveis dizem respeito às refeições dos participantes. As informações incluíram a rotina em dois dias de 24 horas não consecutivos. O estudo foi realizado nos dois ciclos, ou seja, em 2015 e 2016 e em 2017 e 2018.
As informações foram coletadas por entrevistas. Os participantes tiveram de responder, por exemplo, a duração de suas refeições e quando comeram pela primeira e pela última vez no dia.
3 - Quem fez a pesquisa
O artigo com os resultados foi publicado na revista "Clinical Nutrition". O periódico é mantido pela "European Society for Clinical Nutrition and Metabolism" (Sociedade Europeia para Nutrição Clínica e Metabolismo, em tradução livre).
Cinco pesquisadoras assinam o estudo. Todos eles são da Universidade Federal de Uberlândia: Nayara Bernardes da Cunha, Gabriela Pereira Teixeira, Ana Elisa Rinaldi, Catarina Machado Azeredo e Cibele Aparecida Crispim.
Riscos da obesidade
A obesidade é considerada uma doença crônica.
Os efeitos da doença são diversos. O excesso de gordura já foi associado por pesquisas ao diabetes tipo 2, a doenças cardíacas, ao AVC, à apneia do sono e a tipos de câncer.
Deixe seu comentário