Doença neurológica que deixa 'bambi zumbi' preocupa EUA; entenda o que é
Uma doença rara está atingindo os cervos dos EUA e de algumas regiões do Canadá. Classificada como uma condição 'zumbi' pela imprensa internacional, causando o o que tem sido chamado de "bambi zumbi", ela afeta principalmente a parte neurológica dos bichos, causando excesso de salivação, paralisia e morte dos animais.
A preocupação principal é a possibilidade de transmissão para os humanos, apesar de ainda não haver casos notificados por lá.
Um animal contaminado foi encontrado no Parque Nacional de Yellowstone, um dos mais famosos dos EUA, e ponto turístico indispensável nas viagens de quem gosta de aventuras na natureza.
Era um cervo e, de acordo com seu chip de identificação, sua morte aconteceu no meio do mês de outubro. Os oficiais da área disseram que é impossível erradicar a doença.
O CDC (Centro de Controle de Doenças) dos EUA chama a condição de "chronic wasting disease" (CWD), que em português seria algo como doença debilitante crônica.
Além dos cervos, veados, renas e alces também podem ser infectados. Ela é fatal e não há vacinas para preveni-la, por isso há grande preocupação sobre a possibilidade de contágio.
O CDC ainda afirma que os sintomas podem demorar para aparecer. Há animais que ficam até um ano infectados antes de começarem a desenvolver sintomas como perda de peso, problemas neurológicos, tropeços e apatia.
Transmissão e perigo para humanos
Pesquisadores acreditam que o contágio da doença acontece por contato direto com os fluidos corporais, como fezes, saliva, sangue ou urina, ou indireto, quando há contaminação no solo, água ou alimentos. E não há certezas sobre o tempo que essa proteína contaminada (causadora da doença) consegue resistir na natureza.
Apesar de não haver registros de casos de pessoas que tenham se contaminado pela doença debilitante crônica, cientistas acreditam que a doença representa, sim, um risco para primatas, como macacos que comem carne.
Eles podem se alimentar de algum desses animais doentes e também desenvolver os sintomas. Ratos de laboratório também já foram contaminados.
Doenças priônicas, como é o caso dessa, que impactam principalmente proteínas encontradas no cérebro, causando distúrbios neurológicos, não são novidade.
A OMS recomenda desde 1997 que seja evitada a possibilidade de agentes que podem portar essas condições de entrarem na cadeia alimentar humana.
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