Por que eu sinto náuseas quando estou ansioso? Tem como controlar?

Uma das explicações é porque a ansiedade altera a química cerebral. Ela aciona o sistema límbico (responsável pelas emoções), que passa a liberar adrenalina e cortisol. Esses hormônios são importantes para despertar o corpo em situações que necessitam de uma resposta rápida, como quando ele se sente ameaçado, preparando-o para a defesa ou a fuga.

Mas se temos que enfrentar algo que julgamos acima da nossa capacidade, e a ajuda é mínima, todo esse processo se exacerba, convertendo-se em sintomas como náusea e taquicardia.

Outros sinais são:

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tontura;

formigamento;

sudorese fria, em especial nas extremidades (mãos e pés).

Além desses sinais, podem surgir sintomas emocionais, como angústia, preocupação excessiva, medo, irritabilidade aumentada e dificuldade de se concentrar.

Como lidar?

No caso de uma crise de ansiedade, para lidar com a náusea de forma imediata, uma das primeiras coisas a se fazer é aceitar a ansiedade e não negar os sintomas. Fazendo isso, ficará mais fácil não perder o controle ao evitar se sentir mal.

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Além disso, uma sugestão é buscar apoio social, seja na figura de um amigo ou familiar, que possa estar com você no momento até que se sinta melhor. Os exercícios respiratórios também são uma forma eficaz de lidar com uma crise de ansiedade, já que esse tipo de trabalho envolve a prática consciente de controlar a respiração, o que gera um enfeito calmante e ajuda a reduzir os sintomas da ansiedade.

Vale saber que no dia a dia também é possível tomar algumas medidas que contribuam para evitar as náuseas quando estiver ansioso. As recomendações mais usuais são:

praticar atividade física regular;

incluir, no cotidiano, momentos de lazer e descanso, como ler, ouvir música ou praticar hobbies que tragam satisfação e distração;

ter uma rotina de sono consistente e de qualidade;

diminuir exposição a telas e uso de redes sociais;

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realizar atividades de relaxamento profundo e meditação;

manter atividades sociais saudáveis, como encontro com amigos e familiares, pois promovem e fortalecem o apoio social;

identificar as situações ou locais geradores de ansiedade, a fim de que se possa se planejar ou se preparar melhor para lidar com elas, quando possível;

estabelecer limites saudáveis em relação a pessoas e ao trabalho, a fim de não se sobrecarregar com responsabilidades excessivas;

ter contato com a natureza;

manter uma alimentação e hidratação equilibradas, evitando alimentos que podem desencadear desconforto digestivo;

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evitar uso excessivo de álcool e outras drogas.

E mesmo com essas dicas, é de extrema importância buscar ajuda de um profissional da saúde. O especialista será capaz de identificar o que pode estar por trás da ansiedade, e assim indicar o melhor tratamento, que pode envolver tanto terapia e psicoterapia, além do uso de medicações.

Fontes: Eleonora Pereira Melo, psicóloga da UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal) e coordenadora do serviço de psicologia do HGCC (Hospital Geral César Cals), no Ceará; Emerson Arcoverde, psiquiatra do Huol-UFRN (Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte), ligado a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Lorena Azi, coordenadora de psiquiatria da Rede D´Or, em Salvador; Lorena Caleffi, psiquiatra do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre; Tábata Mascarenhas, psiquiatra da Rede D´Or, em Salvador.

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