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Picada de cobra: o que fazer e o que não fazer? Como é o tratamento?

A empreendedora Paola Seibel foi picada por uma cobra em 2017 Imagem: Arquivo pessoal

Do VivaBem*, em São Paulo

04/12/2023 13h43

A empreendedora Paola Siebel, 24, foi picada por uma cobra em 2017 e sofreu um acidente quando ia ao hospital. Ela ficou presa no carro, junto com uma caixa em que a cobra estava.

Em entrevista ao UOL, ela contou que sentiu apenas uma "fisgadinha" quando foi picada e não notou o animal —identificado como da espécie urutu, comum no Brasil.

Senti a fisgadinha, mas achei que fosse um espinho, porque, como a cobra era filhote, o dente dela era muito fininho, não imaginei que era uma picada. Quando cheguei embaixo de um toldo e olhei para baixo, para arrancar o 'espinho', vi a cobra pendurada, se debatendo no meu pé. Paola Siebel, em entrevista ao UOL

No imaginário popular, as cobras são uma das espécies mais temidas do ser humano. Mas você sabe o que fazer se for ou vir alguém sendo picado por uma?

Primeiro, é preciso saber que o atendimento para esses casos é gratuito, feito pelo SUS. Desde 1986, toda a produção de soros é comprada pelo governo federal, que repassa cotas aos estados de acordo com a demanda.

Veja abaixo o que fazer e o que não fazer em caso de picada de cobras:

O que fazer em caso de picada de cobra?

  • Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão;
  • Manter a pessoa deitada;
  • Manter a pessoa hidratada;
  • Procurar o serviço médico mais próximo;
  • Se possível, levar o animal para identificação.

O que não fazer?

  • Não fazer torniquete ou garrote, para o veneno não agir na região de maneira muito acentuada;
  • Não chupar o local, porque isso favorece a entrada de microrganismos e infecções secundárias;
  • Não cortar o local da picada;
  • Não perfurar ao redor do local da picada;
  • Não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes;
  • Não beber bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos.

Como é o tratamento?

O tratamento no hospital é feito com o soro antiveneno, que pode ser polivalente, no caso de não saber a espécie; ou específico, no caso de identificação da cobra. Por isso, existe a importância de tentar saber a espécie (tirando uma foto, por exemplo) ou levar o animal —caso esteja morto— para que seja administrado um soro mais eficiente.

Dependendo dos sintomas, podem ser adotadas medidas para alívio da dor. Em regra, o local da picada costuma ficar inchado e dolorido. Mas cada espécie tem um tipo de veneno diferente, o que gera sintomas diferentes no paciente —tontura, náuseas e vista turva são os mais comuns.

Como prevenir acidentes com cobras

  • O uso de botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e sapatos pode evitar cerca de 80% dos acidentes;
  • Usar luvas de aparas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenha, palhas etc. Não colocar as mãos em buracos. Cerca de 15% das picadas atingem mãos ou antebraços;
  • Cobras se abrigam em locais quentes, escuros e úmidos. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de feijão, milho ou cana. Cuidado ao revirar cupinzeiros;
  • Onde há rato, há cobra. Limpar paióis e terreiros, não deixar lixo acumulado. Fechar buracos de muros e frestas de portas;
  • Evitar acúmulo de lixo ou entulho, de pedras, tijolos, telhas e madeiras, bem como não deixar mato alto ao redor das casas. Isso atrai e serve de abrigo para pequenos animais, que servem de alimentos às serpentes. (Fonte: Ministério da Saúde)

*Com informações de reportagem publicada em 24/01/20.

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