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Dengue, chikungunya, câncer de pele: as vacinas que surgiram em 2023

Imagem: iStock

De VivaBem, em São Paulo

31/12/2023 04h00

As vacinas são um instrumento de proteção contra doenças e, em alguns casos, podem até tratá-las. Elas são a chave contra epidemias, ajudam a evitar tipos de câncer e mortes.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a imunização evita de 2 a 3 milhões de mortes por ano. Em 2023, novas esperanças surgiram com a aprovação ou lançamento de novos imunizantes. Confira abaixo.

Dengue

No começo de março, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou uma nova vacina contra a dengue, a Qdenda. No último dia 21, o imunizante —o segundo registrado no país— foi incorporado ao SUS, com início da vacinação previsto para fevereiro.

A nova terapia traz vantagens em comparação com a anterior, aprovada em 2015. A Qdenga é destinada a um público mais amplo —pessoas de 4 a 60 anos— e pode ser aplicada tanto em quem teve a doença como em quem não teve.

O imunizante protege contra os quatro sorotipos do vírus e é ministrado num esquema de duas doses com intervalo de três meses.

Nonavalente contra HPV

Também em março, uma nova vacina contra o HPV foi lançada no Brasil, por enquanto disponível só na rede privada.

O imunizante que combate o papilomavírus humano é formulado com nove sorotipos, cinco a mais do que o já existente e disponível no SUS.

Mas ambas as terapias protegem contra os dois tipos de HPV que mais causam câncer de colo de útero. A estratégia é primordial na prevenção do tumor, que tem estimativa de 17 mil novos casos em 2023, segundo o Inca.

Pneumonia e meningite

Desde outubro, a rede privada de saúde dispõe da VPC15, vacina que protege contra 15 sorotipos da doença pneumocócica, entre elas pneumonia, otites e meningite.

E ainda neste mês, a Anvisa concedeu registro para a Prevenar 20, que amplia a proteção contra essas enfermidades, uma vez que o imunizante age contra 20 sorotipos de pneumococo.

Chikungunya

Em novembro, os EUA aprovaram a primeira vacina contra chikungunya no mundo. Chamado Ixchiq, o imunizante foi desenvolvido pela empresa Valneva em parceria com o Instituto Butantan, vinculado à Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo.

A novidade é um avanço importante, porque a chikungunya não tem tratamento específico. Estudos demonstraram segurança para adultos e a indução de anticorpos em 98,9% dos participantes da pesquisa clínica.

No Brasil, a vacina ainda não foi aprovada, mas o Butantan conduz estudos de fase 3 no país e deve encaminhar o pedido de aprovação à Anvisa no primeiro semestre de 2024.

Bronquiolite

No início deste mês, a Anvisa aprovou a primeira vacina contra o VSR (vírus sincicial respiratório), principal causador da bronquiolite.

Embora o agente infeccioso seja a maior causa de internação de crianças com até 4 anos de idade no Brasil, o imunizante foi liberado para uso na população com mais de 60 anos.

Para os pequenos, a agência aprovou no final de outubro um tratamento contra o VSR, o nirsevimabe, indicado para bebês de até dois anos de idade. O palivizumabe também é utilizado na prevenção de hospitalização por VSR de bebês.

Câncer de pele

A vacina desenvolvida pela farmacêutica Moderna contra esse tumor é uma promessa para 2025, segundo afirmou este ano o CEO da empresa.

Diferente dos imunizantes já mencionados, a vacina contra o câncer de pele é terapêutica e trata a doença, não a previne. Mas esse artifício também "treina" o sistema imunológico para agir contra o agente invasor.

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