Yasmin Brunet revela vontade de vape; ele é tão ruim quanto cigarro?
Conhecida por seguir um estilo de vida saudável, a modelo Yasmin Brunet surpreendeu o público do BBB 24 ao revelar que estava sofrendo abstinência de cigarro eletrônico.
"Eu estou sem dormir. Estou sem meu vape [cigarro eletrônico]. Estou quase indo ali fumar um cigarro e f*da-se?... [indo] comer um pão", disse em conversa com a cantora Wanessa Camargo, após deixar a disputa da prova do líder.
Nas redes sociais, a modelo sempre mostrou uma relação com a natureza, uma vida fitness e muito preocupada com a alimentação.
Vape é tão ruim quanto cigarro?
Apesar de possuírem uma quantidade menor de substâncias tóxicas do que os cigarros analógicos, os vapes não são inofensivos, tampouco "saudáveis" —embora a indústria por trás dele tente passar essa ideia.
Pequenos, "saborosos" e cheirosos, os DEFs (dispositivos eletrônicos para fumar) funcionam da seguinte maneira: ao colocar o produto na boca e sugá-lo, o líquido (essência) inserido no cartucho é aquecido internamente e, depois da tragada, resulta no tal do vapor —que, segundo os médicos, pode, sim, ser chamado de fumaça.
No Brasil, a comercialização do cigarro eletrônico é proibida pela Anvisa desde 2009, pois eles oferecem diversos riscos à saúde, como dependência de nicotina (presente na grande maioria) e problemas no pulmão e no coração, principalmente. Mesmo assim, os produtos podem ser encontrados em qualquer bar e festa e são vendidos ilegalmente no comércio ou pela internet.
Usuários de vape fumam o equivalente a 20 cigarros por dia
Pesquisadores do InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP) descobriram que os usuários do vape fumam o equivalente a mais de 20 cigarros por dia.
Os resultados, divulgados em 2023, foram descobertos no Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração, que é focado para pessoas que tentam abandonar o uso dos produtos.
Os especialistas dizem que esses dados são alarmantes e mostram que em todos os usuários de vape, independentemente da idade, gênero, tempo de uso de produto, ou passado de uso de cigarro comum, os níveis de cotinina —um dos subprodutos da nicotina— foram os mais elevados que o teste poderia identificar.
Isso demonstra que a velocidade de adição a nicotina com esse produto é mais elevada que do cigarro convencional.
Considerando os efeitos cardiovasculares da nicotina, essa alta exposição pode aumentar o risco cardiovascular em usuários desses produtos, mesmo em faixas etárias mais jovens.
Mitos e verdades do cigarro eletrônico
AJUDA A PARAR DE FUMAR: MITO
Diversos estudos já mostraram que o cigarro eletrônico não trata o tabagismo —seria como trocar um tipo de cigarro por outro.
De acordo com pesquisa do Inca (Instituto Nacional de Câncer), para quem não fuma, o efeito é justamente o contrário: uma porta de entrada para o tabagismo tradicional.
Para quem deseja abandonar o cigarro comum há outras alternativas mais eficazes e menos nocivas, como adesivos e chicletes de nicotina.
O VAPOR É SOMENTE ÁGUA: MITO
A fumaça (vapor, aerossol) é, sim, prejudicial à saúde. As substâncias presentes no líquido inserido no produto são tóxicas e cancerígenas.
O vapor inclui partículas ultrafinas, que desencadeiam processos inflamatórios pelo corpo e estão diretamente relacionadas com doenças cardiovasculares.
NÃO EXISTE FUMO PASSIVO: MITO
O vapor é prejudicial à saúde do fumante e também das pessoas ao redor, que podem ser impactadas pelo aerossol repleto de substâncias tóxicas e cancerígenas —como ocorre com o cigarro comum.
NÃO TEM NICOTINA: MITO
De acordo com os especialistas, a maioria dos e-líquidos possui uma quantidade de nicotina que, quanto mais inalada pela pessoa, mais dependência pode causar.
O USO PODE MATAR: VERDADE
Em outubro de 2019, a evali, doença pulmonar relacionada ao uso de cigarro eletrônico, adoeceu mais de mil pessoas e matou mais de 20 nos Estados Unidos.
AUMENTA O RISCO DE USAR O CIGARRO COMUM: VERDADE
Segundo estudo do Inca, pessoas que fumam o dispositivo eletrônico têm maior risco de iniciar uso de cigarro convencional.
O PRODUTO PODE EXPLODIR NA BOCA: VERDADE
Já existem relatos de explosão da bateria de cigarros eletrônicos. Isso pode resultar em queimaduras graves, inclusive na garganta e no pulmão, segundo os médicos.
O CIGARRO ELETRÔNICO VICIA: VERDADE
Como a maioria dos e-líquidos possui nicotina, há maior risco de dependência da substância com o uso dos DEFs (como acontece com o cigarro comum).
Deixe seu comentário