Linfoma de Hodgkin: saiba os sintomas do câncer raro que Parreira trata

Campeão da Copa do Mundo em 1994, o ex-técnico da seleção brasileira Carlos Alberto Parreira, 80, trata um linfoma de Hodgkin há quatro meses. A informação foi divulgada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nesta sexta-feira (12), por meio de um comunicado em nome da família dele.

Parreira faz quimioterapia e apresenta "excelente resposta". Familiares e a equipe médica do Hospital Samaritano, que o acompanha, dizem que ele "segue evoluindo positivamente aos tratamentos".

O linfoma de Hodgkin é um câncer raro que atinge o sistema linfático, uma das partes do sistema imunológico, de defesa do organismo. Conhecida pelo nome do médico que o identificou em 1832, Thomas Hodgkin, a doença pode ser altamente nociva quando não é descoberta em estágio inicial.

O que acontece no corpo?

O problema acomete os linfócitos, células do sistema linfático encontradas geralmente nos linfonodos (pequenos órgãos).

Em pacientes com linfoma, as células se tornam malignas e crescem desenfreadamente. Depois, elas começam a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, disseminando-se e atingindo tecidos adjacentes.

Se não tratadas, também podem atingir outras partes do corpo —geralmente, a mais prejudicada é o tórax.

Quais os sintomas?

  • Aumento dos gânglios linfáticos é o sintoma mais comum desse tipo de câncer. A alteração costuma ser lenta e indolor, especialmente na região do pescoço, das clavículas, axilas e virilhas;
  • Calafrios;
  • Coceira;
  • Fadiga recorrente;
  • Febre;
  • Perda de peso (10% em menos de seis meses) e de apetite;
  • Sensibilidade nos nódulos após a ingestão de bebidas alcoólicas;
  • Suores intensos durante a noite.
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Tratamento

A abordagem mais utilizada é a quimioterapia ABVD, que usa medicamentos anticancerígenos —com diferentes números de ciclos e substâncias para cada estágio ou caso— para destruir as células malignas por via venosa.

A radioterapia, que destrói ou cessa o crescimento dessas células por meio de raios, é realizada em conjunto.

Nos quadros em que a terapia não mostra resultados promissores, ou de reincidência, é possível recorrer ao transplante autólogo de células-tronco —que utiliza as próprias células do paciente para fornecer novas unidades saudáveis.

*Com informações de reportagem publicada em 04/09/21.

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