Evaristo Costa é internado devido a doença de Crohn; entenda o problema

Evaristo Costa segue internado desde sexta-feira (12) para tratar uma crise relacionada à doença de Crohn. Ele foi diagnosticado com o quadro inflamatório intestinal há quatro anos.

"Vê-se que ainda não aprendi como conviver e controlá-lo. Mas chego lá!", disse em uma publicação no Instagram.

Ele contou que, desta vez, foi surpreendido com uma sepse urinária. Atendido pelo serviço público de saúde em Cambridge, no Reino Unido, o jornalista está recebendo medicação intravenosa e aguarda a remissão da infecção.

Entenda a doença de Crohn

Trata-se de uma DII (doença inflamatória intestinal) que causa inflamação em diversas partes do sistema digestório.

É autoimune, ou seja, resulta de um ataque que o próprio sistema imunológico faz contra o organismo da pessoa.

A doença não tem causa definida, mas envolve fatores como genética, ambiente —incluindo hábitos alimentares, medicações e tabagismo— e microbioma.

É uma doença crônica, não existe cura ainda, mas há tratamento eficaz, que envolve medicação, mudanças alimentares e algumas pessoas precisam de cirurgia

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Sintomas

  • Dores abdominais;
  • Cólicas;
  • Diarreia crônica;
  • Diminuição do apetite ;
  • Sangue nas fezes
  • Perda de apetite;
  • Perda de peso.

Em média, uma pessoa leva dois anos entre ter os primeiros sintomas e fazer exames, o que atrasa o diagnóstico.

Uma coisa leva a outra

Por ser autoimune, a DII pode desencadear reações em outras partes do organismo, além do intestino. Um estudo liderado pelo Gediib (Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil), que acompanhou 1.179 pessoas com DII entre 2020 e 2022, mostrou que cerca de 21% delas apresentaram manifestações extraintestinais.

Entre as áreas do corpo que podem ser afetadas a partir das DII estão:

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  • Pele;
  • Articulações;
  • Olhos;
  • Ossos;
  • Boca.

Tratamento

Como as DIIs ainda não têm cura, o tratamento deve ser mantido para evitar a recorrência de manifestações clínicas e conter danos. Ao longo das décadas, a revolução com o uso de medicamentos biológicos reduziram hospitalizações, cirurgias e morbidade.

Além de aliviar os sintomas, os objetivos do tratamento incluem redução da atividade inflamatória e cicatrização da mucosa do intestino, levando a uma melhoria da qualidade de vida da pessoa.

É importante também monitorar a adesão ao tratamento para verificar possíveis barreiras, como falta de acesso ao medicamento ou a ideia de que, melhorando, poderia interromper o remédio.

*Com informações de reportagens publicadas em 05/01/2023, 12/06/2023 e Manual MSD.

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