BBB 24: Yasmin Brunet diz que tem síndrome do intestino irritável; o que é?
VivaBem, em São Paulo*
18/01/2024 12h13
Em mais um momento de desavenças na casa BBB 24 por conta da comida da xepa, a modelo Yasmin Brunet desabafou com Wanessa Camargo e MC Bin Laden sobre a falta de opções para comer. Ao reclamar de Davi, companheiro de confinamento que tem feito as refeições na casa, ela afirmou que não pode comer leguminosas, porque sofre com síndrome do intestino irritável.
"Peguei bode dele, juro. Eu não quero comer nada que ele faz. Estou com raiva também que ele acabou com nossa comida, não tem nada para comer, tem que comer p*rra de leguminosa", disse Yasmin. Quando Wanessa diz que ainda tem bastante feijão na casa, a modelo falou da condição.
"Eu não posso comer nem feijão, nem lentilha, nem grão-de-bico. Tenho síndrome do intestino irritado. Tá me arregaçando isso, tá me fazendo muito mal."
O que é a síndrome do intestino irritável?
Das muitas condições que afetam o sistema digestivo, a síndrome do intestino irritável é uma das mais misteriosas. Não se trata de uma doença, mas de um distúrbio funcional, uma vez que ela não pode ser detectada em exames.
No caso de quem tem a síndrome, os testes físicos e de sangue têm resultados regulares, só que o paciente tem hipersensibilidade intestinal e quadros de diarreia, constipação ou os dois intercalados, além de dores abdominais e cólicas.
Não há alimentos estritamente proibidos ou liberados
É importante ressaltar que a exclusão ou a liberação de alimentos é individualizada e que não existe nada que seja ruim ou bom para todos que sofram da síndrome, assim como o modo de preparo dos alimentos é indiferente.
Caso a pessoa se sinta bem com determinados padrões alimentares e mal com outros, são feitos os ajustes em sua dieta com o acompanhamento médico adequado.
No entanto, de maneira geral, uma boa dica é evitar alimentos que possam contribuir para a formação de gases, pois eles costumam piorar os sintomas.
Pacientes com essa síndrome devem apostar em produtos com pouca gordura e muitas fibras e evitar:
Comidas gordurosas;
Álcool;
Cafeína;
Açúcar;
Produtos com sorbitol (como balas sem açúcar e chicletes);
Vegetais que aumentam a produção de gases (como feijão, repolho e batata doce);
Leite e derivados;
Alimentos picantes ou com muitos conservantes.
Cuidados gerais de alimentação
De maneira geral, recomenda-se comer a cada três horas e ficar atento aos sintomas. Caso o intestino fique preso, a quantidade de fibras deve ser incrementada —o espinafre é muito bem-vindo nessas ocasiões.
Se, por outro lado, houver um quadro de diarreia após a ingestão de qualquer alimento, a orientação é que as fibras fiquem fora dos pratos e que haja um aporte de vitaminas e minerais (por meio de frutas, principalmente), até o funcionamento intestinal se regularizar.
Em ambos os quadros, incluir probióticos na dieta é uma boa ideia, já que eles ajudam a equilibrar a microbiota intestinal (os microrganismos que habitam o sistema digestivo, entre eles as bactérias).
Os melhores probióticos para pacientes com síndrome do intestino irritável são os naturais, como o kefir e o kombucha, que podem ser consumidos entre as refeições.
Emoções precisam ser controladas
A causa principal da síndrome está associada ao emocional: trata-se de uma alteração no funcionamento do aparelho digestivo relacionada a fatores neuropsicológicos.
Os especialistas recomendam que, paralelamente ao tratamento dos sintomas, os pacientes contem com o apoio de um psiquiatra para lidar com estresse, depressão ou ansiedade, por exemplo. Isso é decisivo para o sucesso do controle do quadro, já que quando a pessoa não está bem emocionalmente, não há medida que resolva os problemas causados pela condição.
O diagnóstico é totalmente clínico, ou seja, feito pelo médico em consulta a partir dos sintomas relatados —e são esses sintomas que recebem tratamento, uma vez que a síndrome do intestino irritável em si não tem cura. Os remédios são apenas para o alívio dos incômodos e é preciso ficar de olho na alimentação.
* Texto com informações de reportagem publicada em 06/12/2018