Verão sem micose: como evitar doenças causadas por fungos, comuns no calor
No verão, infecções por fungos costumam ser mais frequentes, devido às condições de calor e umidade, que favorecem sua proliferação.
As infecções causadas por esses micro-organismos são chamadas de micoses e geralmente ocorrem na pele, nas unhas e no couro cabeludo, causando coceira, descamação e vermelhidão. Mas algumas manchas também podem indicar quadros provocados por fungos.
Para ter um diagnóstico certo, o ideal é consultar um médico dermatologista, que irá avaliar e indicar o tratamento mais adequado.
Dicas para evitar micoses
Ainda que algumas micoses possam ser transmitidas de pessoa para pessoa, a prevenção está baseada em não oferecer um ambiente (no corpo) que favoreça o desenvolvimento do micro-organismo, segundo Andrey Malvestiti, médico dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
Para isso, estes cuidados são importantes, principalmente no verão:
Ao sair do mar, da piscina ou do banho, seque muito bem o corpo —principalmente entre os dedos e na região da virilha;
Não permaneça com biquíni ou sunga molhada por muito tempo;
Use roupas leves nos dias quentes, feitas com tecidos que facilitam a evaporação do suor;
Logo após o exercício, tome banho e seque bem o corpo;
Evite tecidos sintéticos, que não são "respiráveis", e prefira roupa íntima de algodão, pois que esse tipo de tecido absorve melhor a umidade;
Evite repetir o mesmo calçado por dois dias seguidos; o ideal é intercalar e, no dia que não estiver usando o calçado, procure deixá-lo secando em um local bem arejado;
Se possível, evite sapatos fechados e apertados. Em casa, ficar de chinelo, para arejar os pés;
Casos seus pés fiquem muito úmidos de suor durante o dia, seque os dedos com papel higiênico;
Cuide da imunidade adotando hábitos saudáveis, incluindo uma alimentação balanceada, exercícios físicos diários e boas horas de sono;
Em lugares públicos, evite ficar descalço e use chinelos para evitar o contato com áreas que estejam possivelmente contaminadas.
Os quadros mais comuns
Entre as infecções fúngicas mais frequentes está a frieira, também conhecida como pé de atleta. Essa condição afeta principalmente a região entre os dedos, provocando descamação interdigital, rachaduras e bolhas, com ardor e coceira.
Para evitá-la, é importante evitar usar calçados fechados por muitas horas, além de secar muito bem a região entre os dedos após sair da água do mar ou da piscina, ou após o banho. "Às pessoas que possuem os dedos mais juntos, a recomendação é secar com um pouco de papel higiênico depois da toalha, para eliminar a umidade residual", orienta Malvestiti.
A dica também pode ajudar quem trabalha o dia inteiro com sapato fechado e sofre com muita umidade no local. Nesses casos, pode-se ir ao banheiro no meio do dia para secar a região e tirar a umidade. Usar meia de algodão também pode ser um recurso.
Outro quadro frequente é o pano branco (pitiríase versicolor), caracterizado por manchas múltiplas e ovais, que podem apresentar coloração branca, cinzenta, salmão, acastanhadas ou mesmo avermelhadas, geralmente, com uma descamação fina.
Elas costumam surgir na parte superior do tronco e dos braços e no pescoço.
Assim como nos outros casos, manter o corpo o mais seco possível é a melhor maneira de prevenir a infecção. No caso do pano branco, deve-se evitar, por exemplo, ficar muito tempo com a roupa suada da academia. Portanto, logo que terminar o treino, tome um banho e seque bem a pele.
Já a candidíase costuma ser frequente na região da vagina porque o local oferece condições propícias para o fungo. O quadro surge devido à proliferação desenfreada de um fungo que vive naturalmente no organismo, podendo afetar também os homens e atingir diferentes partes do corpo.
Por isso, ficar muito tempo com biquíni ou sunga molhado não é uma boa pedida. Além disso, é indicado usar roupa íntima de algodão.
Como é o tratamento?
Em geral, são prescritos cremes ou comprimidos de ação antifúngica via oral, a depender do caso. Mas o paciente também recebe orientações para combater a umidade, evitando abafar as partes do corpo mais propensas ao desenvolvimento de fungos, não usar roupas molhadas por muito tempo etc.
Como a imunidade desempenha um papel importante na proteção contra o problema, o médico também deve investigar se esse pode ser o gatilho no caso de quadros recorrentes e orientar mudanças no estilo de vida do paciente para reforçar o sistema de defesa do organismo.
Algumas pessoas podem estar mais expostas a infecções fúngicas, como aquelas que praticam esportes aquáticos, permanecendo com a pele úmida por mais tempo, segundo Anamaria Facina, professora do departamento de dermatologia da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Unifesp. "Nesses casos, pode ser indicada a profilaxia medicamentosa com um creme antifúngico de rotina", comenta a docente.
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