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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Dengue em alta no país: quais são os sintomas da doença e como se prevenir?

Dengue é transmitida por mosquitos da família Aedes, em especial o Aedes aegypti Imagem: iStock

Do VivaBem*, em São Paulo

30/01/2024 15h29

Casos de dengue cresceram 170% no Brasil nas três primeiras semanas de 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. Minas Gerais, Acre e Distrito Federal decretaram estado de emergência devido ao avanço da doença.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), esse aumento tem relação com o calor excessivo combinado às chuvas intensas, efeitos associados ao fenômeno climático El Niño. A volta dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no país também influencia o cenário.

Com a escalada de casos, vem a dúvida: dá para prevenir a doença? A resposta é: sim. VivaBem explica abaixo os principais pontos sobre a dengue, incluindo sintomas, transmissão e medidas para evitá-la.

Entenda a dengue

A dengue é causada por infecção pelo vírus da família Flaviviridae, do gênero flavivírus.

Considerada uma arbovirose, porque se trata de um vírus transmitido por meio de artrópodes —os mosquitos da família Aedes, em especial o Aedes aegypti, o mesmo da febre amarela.

Esse vírus apresenta 4 sorotipos diferentes, que são conhecidos como DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

Principais sintomas da dengue

Os sintomas da dengue são variados, mas as manifestações mais comuns são:

  • Eritema (mancha vermelha parecidas com alergia);
  • Dor no corpo;
  • Mialgia (dor muscular);
  • Fadiga;
  • Dor de cabeça;
  • Dor no fundo dos olhos;
  • Febre (maior que 38,5ºC);
  • Perda de apetite;
  • Dor abdominal.

Muitas vezes, os sintomas são leves e passam sozinhos (são autolimitados). A febre, por exemplo, pode não ser alta, e nem será acompanhada de dor de cabeça.

Sintomas da dengue em casos graves

Os sintomas da dengue em casos graves são semelhantes ao da doença leve. A diferença é que no terceiro ou quarto dia da infecção ocorre choque hemorrágico (a pessoa perde sangue, o que faz com que o seu coração perca a capacidade de bombear a quantidade necessária para nutrir vários órgãos do organismo), e desidratação severa. Os sinais de alerta são os seguintes:

  • Dor abdominal intensa;
  • Vômito persistente;
  • Respiração acelerada;
  • Sangramento de mucosa ou outra hemorragia;
  • Fadiga;
  • Agitação ou confusão mental.

Algumas pessoas ainda apresentarão quadros neurológicos, como convulsões e irritabilidade.

Como é a transmissão da dengue?

No Brasil, os vírus da dengue são transmitidos pela fêmea do mosquito. Quando ela pica uma pessoa infectada, ela também é infectada pelos vírus e, a partir daí, as próximas pessoas que ela picará serão também infectadas.

Outra forma de infecção da fêmea do mosquito é hereditária: as fêmeas nascidas da fêmea infectada já nascem com o vírus e com a capacidade de contaminar.

Dá para prevenir?

A prevenção é possível e começa evitando a procriação do seu vetor. O Aedes aegypti é um inseto urbano atraído por reservatórios de água, porque as fêmeas depositam os ovos na superfície da água limpa. Tais recipientes podem ser:

  • Latas e garrafas vazias;
  • Pneus;
  • Calhas;
  • Caixas d'água descobertas;
  • Pratos de vasos de plantas;
  • Ou qualquer outro meio capaz de armazenar água da chuva.

Outra forma de prevenção é vacinar-se. Está marcado para fevereiro de 2024 o início da campanha de vacinação contra a dengue pelo SUS.

A vacina utilizada será a Qdenga, disponível em duas doses. Ela pode ser aplicada tanto em quem já teve dengue quanto em quem nunca foi diagnosticado com a doença.

No SUS, serão priorizadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Veja aqui os municípios que receberão a vacina.

Na rede particular, o preço da vacina varia entre R$ 300 e R$ 450 por dose. Qualquer pessoa entre 4 e 60 anos pode receber o imunizante, exceto grávidas, lactantes e imunocomprometidos.

Fuja do mosquito

Se não tomou a vacina, você pode investir em alternativas preventivas para reduzir o risco de ter contato com o mosquito, como:

  • Evite circular por áreas endêmicas ou com a presença do inseto;
  • Instale telas de proteção em janelas e portas para evitar o acesso do mosquito aos ambientes internos;
  • Use mosquiteiros;
  • Use repelente;
  • Prefira roupas que protejam os braços, pernas ou qualquer área exposta.

*Com informações de reportagem publicada em 30/03/21.

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