Wanessa Camargo tratou endometriose com cirurgia; quando é necessária?
Wanessa Camargo relembrou nesta quarta-feira (31) a cirurgia que fez para tratar endometriose.
Em conversa com Raquele, Giovanna e Michel no BBB 24, ela disse que o procedimento permitiu que ela engravidasse. Além disso, a vida sexual "virou outra" após a operação.
Ela relatou que casou aos 24 anos e até os 27 não tinha conseguido engravidar. Decidiu operar e, um ano depois, engravidou. O tratamento foi feito em 2008.
"Sentia muitas dores nas costas. Não podia menstruar, por causa da endometriose. Emendava uma cartela na outra do anticoncepcional", disse, em 2014, durante participação no programa Mais Você.
A endometriose atinge de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva e pode aparecer já na adolescência.
A condição é caracterizada pela presença de células do endométrio fora do útero —quando, na verdade, ele reveste só a parede interna do órgão.
Considerada a segunda doença ginecológica mais frequente entre as mulheres, a enfermidade pode levar até 7 anos para ser diagnosticada.
Endometriose afeta gravidez?
Em 50% a 70% dos casos, é possível engravidar espontaneamente, mas algumas pessoas enfrentam dificuldade para a concepção.
O desafio se relaciona às alterações anatômicas decorrentes das aderências típicas da enfermidade e da inflamação que ela causa na cavidade abdominal.
A probabilidade de precisar de ajuda médica é de 30% a 50%, especialmente nos quadros de doença avançada.
Para corrigir o problema, a reprodução assistida ou a cirurgia são opções.
Endometriose: quando fazer cirurgia?
Para um terço das pacientes, o tratamento com medicamentos não leva ao resultado esperado e/ou apresenta efeitos adversos que atrapalham a qualidade de vida.
Para estas, a cirurgia será a melhor opção de tratamento, que também é indicada nas seguintes situações:
Quadros graves: com comprometimento do funcionamento do intestino, das vias urinárias (especialmente com risco de estenose) ou cisto volumoso (cisto maior que 8 cm), ainda que não haja queixa de dor;
Dor intensa: dismenorreia, dispareunia, disquesia, disuria, dor lombar ou dor pélvica crônica;
Dificuldade para engravidar: em pacientes não graves.
Wanessa disse que, no caso dela, "era uma dor descomunal" na hora de fazer exames. "Eram feridas como se estivesse machucada. Estava no caso de pegar no intestino e ter que cortar parte dele. Era grau quatro."
Depois do tratamento cirúrgico, ela teve dois filhos: João Francisco e José Marcus.
*Com informações de reportagem publicada em 21/03/2022.
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