Dengue tem cura? Como é o tratamento e quando é grave
Os casos de dengue aumentaram nas primeiras três semanas de 2024. Segundo o Ministério da Saúde, o crescimento foi de 170% em relação ao mesmo período no ano passado.
Febre, dor no corpo e articulações estão entre os sintomas mais comuns da doença.
A vacinação contra a dengue no SUS será iniciada neste mês, em duas doses, e irá priorizar crianças e adolescentes (mais informações).
Dengue tem cura?
Embora muitos casos possam ser autolimitados, isto é, se resolvem sozinhos, quando os sintomas são mais intensos, não existe cura para a dengue, ao menos, até o momento.
Como é feito o tratamento?
O objetivo do tratamento é aliviar sintomas e prevenir o agravamento da infecção.
Nos casos leves, a estratégia terapêutica prevê o uso de analgésicos e antitérmicos (como o paracetamol), além de hidratação oral (água, suco, chá, soro caseiro).
O uso do ácido acetilsalicílico (AAS) e anti-inflamatórios não são recomendados, dado o risco de sangramentos e alterações renais.
Para controlar a febre e a dor, a indicação geralmente é usar paracetamol ou dipirona. Mas não tome nenhum medicamento sem orientação médica.
Nos quadros de manifestações hemorrágicas, o tratamento de suporte é hospitalar e se baseia na hidratação.
Sintomas da dengue em casos graves
Os sintomas da dengue em casos graves são semelhantes ao da doença leve.
A diferença é que no terceiro ou quarto dia da infecção ocorre choque hemorrágico (a pessoa perde sangue o que faz com que seu coração perca a capacidade de bombear a quantidade necessária para nutrir vários órgãos do organismo), e desidratação severa. Os sinais de alerta são os seguintes:
- Dor abdominal intensa
- Vômito persistente
- Respiração acelerada
- Sangramento de mucosa ou outra hemorragia
- Fadiga Agitação ou confusão mental
- Algumas pessoas ainda apresentarão quadros neurológicos, como convulsões e irritabilidade
Dá para prevenir?
Sim. A prevenção é possível e começa por evitar a procriação do seu vetor.
O Aedes aegypti é um inseto urbano que é atraído por reservatórios de água porque as fêmeas depositam os ovos na superfície da água limpa.
Tais recipientes podem ser latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d'água descobertas, pratos de vasos de plantas, ou qualquer outro meio capaz de armazenar água da chuva.
Outra forma de prevenção é vacinar-se.
As demais alternativas preventivas consistem em reduzir as chances de ter contato com o mosquito.
- Evite circular por áreas endêmicas ou com a presença do inseto;
- Instale telas de proteção em janelas e portas para evitar o acesso do mosquito aos ambientes internos;
- Faça uso de mosquiteiros;
- Use repelente;
- Prefira roupas que protejam os braços, pernas ou qualquer área exposta.
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