Remédio para dor de ouvido: o que alivia e o que piora o sintoma?

O tratamento dos pacientes com dor de ouvido deve ser direcionado às causas da dor. Isso porque cuidar do sintoma sem identificar a causa pode piorar o problema —além disso, é importante nunca se automedicar.

Remédios mais indicados para dor de ouvido

Eles são vendidos sem prescrição médica e podem ser utilizados contanto que não atrasem a busca por um diagnóstico correto e preciso.

Já os antibióticos são frequentemente necessários nos casos de otites externas e médias. A depender da região afetada, o tratamento pode ser feito com medicamentos de uso local ou oral.

O desconforto no ouvido nem sempre possui apenas uma causa e pode ter relação com a presença de vírus, fungos ou bactérias, ou surgir por problemas em estruturas próximas, como articulações da mandíbula.

No caso de infecções, as mais comuns são as otites externas (na parte da orelha e do conduto auditivo) e as otites médias (na região mais próxima ao tímpano).

Remédios usados sem prescrição médica podem gerar problemas?

Se o ouvido não for examinado com o instrumento correto, é improvável deduzir o problema. Assim, há riscos em adiar uma consulta e, consequentemente, o tratamento.

Usar analgésicos para aliviar a dor e deixar o diagnóstico de lado pode contribuir para o surgimento de complicações, como perfuração do tímpano, inchaço no conduto auditivo, prejuízos na audição e acometimento neurológico.

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Já o uso de algumas gotas tópicas para uma otite externa é capaz de levar à toxicidade auditiva se houver perfuração do tímpano.

É necessário que o profissional habilitado avalie o problema individualmente, para que a medicação tenha efeito benéfico e não o contrário.

Nunca aplique nada no ouvido sem prescrição médica.

O que pode piorar a dor de ouvido?

  • Otite externa: pioram quando os ouvidos são molhados. Nesse caso, as recomendações são não mergulhar a cabeça em piscinas, e, na hora do banho, bloquear os ouvidos até que ocorra a recuperação adequada.
  • Otite média: piora em situações relacionadas a problemas nasais. Ou seja, frio, poluição, gripe, e substâncias desencadeadoras de alergia são agressores em potencial.

Além disso, a depender da intensidade da dor, é contraindicado voar de avião ou mergulhar. O contato do vento direto nos ouvidos também pode causar dor, mas, em geral, é apenas temporário, diferente das infecções.

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Remédios caseiros para dor de ouvido

  • Compressas mornas sobre a orelha: é possível usar uma fralda ou guardanapo de tecido limpos e aquecidos com ferro.
  • Limpeza com soro fisiológico: sempre que houver secreção nasal, usar soro fisiológico 0,9% para que ela saia e não suba para os ouvidos. No entanto, não force nem aperte com pressão a seringa.
  • Chás e outras bebidas quentes: podem contribuir pela ação do calor. Ele promove vasodilatação e aumenta a circulação sanguínea e das células de defesa local. Além disso, há uma proximidade entra a faringe e os ouvidos, o que dá a sensação de conforto.

Lembre-se, porém, que nenhuma dessas ações substitui a consulta com o médico especialista.

Pingar azeite no ouvido funciona contra a dor?

É um equívoco, pois o azeite não tem essa propriedade e a atitude pode até causar irritação.

Pior ainda é usá-lo quente, na tentativa de aliviar as dores, algo que oferece risco de queimadura e piora da inflamação.

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Devo usar cotonete quando estou com dor de ouvido?

O cotonete também é um item que deve ser evitado, principalmente se houver infecção.

Além da possibilidade de trauma e perfuração do tímpano, ele pode ter dois efeitos perigosos sobre a cera: remover em excesso, tirando toda a proteção do conduto auditivo e facilitar infecções; ou empurrar a cera, causando desconforto e sensação de ouvido entupido.

Dor de ouvido pode provocar perda auditiva?

Sim, no entanto, na maioria dos casos, ela é transitória e costuma melhorar dias após a infecção. São raras as ocasiões com perda auditiva prolongada ou definitiva, mas pode ocorrer se houver otites crônicas associadas à perfuração no tímpano.

Fontes: Fernão Bevilacqua, otorrinolaringologista do Hospital Albert Sabin (SP); Larissa Fabbri Mendes, otorrinolaringologista especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia; e Marcio Salmito, otorrinolaringologista da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP).

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