Repelente caseiro funciona contra mosquito da dengue? Entenda eficácia
Os repelentes caseiros não são as melhores opções para se proteger do Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da dengue e de outras doenças, como zika e chikungunya. O crescimento do número de casos de dengue gerou um aumento nas buscas pela eficácia desta solução, de acordo com o Google Trends.
Repelente caseiro não tem eficácia comprovada
Não existe nenhum repelente caseiro que tenha evidência científica robusta que sustente a sua eficácia
Luana Araújo, médica infectologista
Os repelentes comerciais, disponíveis em mercados e farmácias, ainda são as melhores escolhas para se proteger do mosquito da dengue. A médica enfatiza a importância de consultar um profissional de saúde para orientação, especialmente para grupos como gestantes e crianças, que requerem atenção especial.
Os repelentes comerciaisque funcionam contra o Aedes aegypti são aqueles que contêm substâncias como DEET, IR3535 e icaridina, amplamente reconhecidas por sua eficácia. É o que destaca Raquel Stucchi, médica infectologista e professora da Unicamp.
Além do repelente
O uso dos repelentes é apenas uma das muitas medidas de prevenção contra a dengue. "Qualquer estratégia com relação à dengue não anula a outra", destaca Luana Araújo.
A eliminação dos criadouros do mosquito, por meio da limpeza e remoção de recipientes que acumulam água parada, é crucial no combate à proliferação do Aedes aegypti.
A hidratação e o controle dos sintomas, como febre e dor, são importantes para o tratamento das pessoas infectadas pelo vírus. É crucial evitar o uso de medicamentos como o ácido acetilsalicílico (AAS), devido aos riscos de complicações.
Picos de casos da dengue
O Brasil deve superar em fevereiro os registros diários com maior número de casos prováveis de dengue do ano passado com dois meses de antecedência. Infectologistas afirmam que o número de casos até o final de fevereiro será maior do que o pico registrado em abril de 2023.
A média de aumento de casos registrados é de 250% em comparação ao ano passado. "Provavelmente, teremos o ano com o maior número de casos da história do país", afirma Júlio Croda, infectologista da Fundação Oswaldo Cruz e professor da Faculdade de Medicina de Mato Grosso do Sul.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um pronunciamento nesta terça-feira (6). Ela afirmou que a vacinação contra a dengue será feita de forma progressiva e que o combate à doença é "total prioridade" do governo.
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