É dengue ou covid? Sintomas confundem; saiba como diferenciar
De VivaBem*, em São Paulo
20/02/2024 12h16
O Brasil ultrapassou os 650 mil casos de dengue neste ano, já registrou 113 mortes, e 438 óbitos estão em investigação, segundo o painel de monitoramento das arboviroses do Ministério da Saúde.
Em meio a uma nova onda da doença, os números relacionados à covid-19 também crescem. Às vésperas do Carnaval, laboratórios e hospitais já registravam um aumento de testes positivos, que se intensifica após as celebrações.
Somente na cidade de São Paulo, houve um aumento de 140% de casos em duas semanas, entre 21 de janeiro e 4 de fevereiro, segundo o análise da plataforma SP Covid-19 Infotracker, criada por pesquisadores da USP.
As duas doenças são causadas por vírus e provocam praticamente os mesmos sintomas, mas a evolução delas é distinta e pode ajudar a identificar cada uma. No entanto, somente exames podem confirmar o diagnóstico.
Sintomas da covid-19
Uma pessoa infectada pelo Sars-CoV-2 pode ter sintomas ou não. Quando eles aparecem, os mais comuns são:
- Febre alta, mas nem sempre como primeiro sintoma e pode não aparecer
- Sintomas respiratórios, como tosse seca, coriza e obstrução nasal; em casos graves, falta de ar
- Cansaço
Diante de sintomas respiratórios, é importante fazer um teste diferencial entre covid-19 e gripe.
Entre os sintomas menos comuns estão:
- Perda de paladar ou olfato, chamadas de ageusia e anosmia
- Conjuntivite
- Dor de garganta
- Dor de cabeça
- Dores musculares ou articulares
- Diferentes tipos de erupções cutâneas
- Náusea ou vômito
- Diarreia
- Calafrios ou tonturas
O agravamento dos sintomas da covid-19 não costuma ser tão acelerado como é no caso da dengue.
Sintomas da dengue
- Febre alta é um sintoma clássico e aparece abruptamente no começo da infecção
- Cansaço
- Perda de apetite
- Dor atrás dos olhos
- Manchas vermelhas na pele
- Costuma durar de quatro a dez dias
Para diferenciar as duas infecções, também é importante prestar atenção no momento prévio: a pessoa esteve em local com aglomeração de pessoas ou em ambiente onde o mosquito Aedes aegypti pudesse estar presente?
Como se prevenir da covid
A transmissão ocorre de uma pessoa doente para outra por gotículas de secreções respiratórias, como tosse e espirro. As principais medidas são:
- Manter a higiene das mãos
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar; use lenço ou a parte interna do cotovelo
- Usar máscara de proteção facial em ambientes com aglomeração
Como se prevenir da dengue
A medida mais importante é evitar a procriação do Aedes aegypti, um inseto urbano atraído por reservatórios de água, porque as fêmeas depositam os ovos na superfície da água limpa.
Então, esvazie e limpe recipientes ou objetos que possam acumular água, como latas, garrafas, pneus, calhas e prato de vaso de planta. Tampe a caixa d'água.
Vacinas são essenciais
A imunização é a principal medida de combate ao coronavírus. Desde 1º de janeiro, crianças de seis meses a menores de 5 anos, grupos prioritários (pessoas com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes, puérperas ou que tenham maior risco de desenvolver formas graves da doença) e pessoas que não completaram o esquema primário.
A vacina contra a dengue já está no SUS. Ela pode ser aplicada tanto em quem já teve a doença quanto em quem nunca foi diagnosticado com a doença. Na rede pública, são priorizadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
O imunizante também está disponível na rede privada, com preço que varia entre R$ 300 e R$ 450 por dose. Qualquer pessoa entre 4 e 60 anos pode receber o imunizante, exceto grávidas, lactantes e imunocomprometidos.
*Com informações de reportagens publicadas em 30/01/2024, 19/02/2024 e 08/02/2022.