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Dor do parto é a pior que existe? Outras podem ser até mais torturantes

Dor do parto é comumente chamada de 'a pior' Imagem: Universal Images Group via Getty

Colaboração para VivaBem*

05/03/2024 04h00

Todo mundo já ouviu que não há, no mundo, dor pior do que a do parto. Embora o nível de dor seja algo subjetivo e que depende de vários fatores, especialistas dizem que quem dá à luz não sofre tanto quanto quem tem cólicas de pedras nos rins.

Além da cólica renal provocada por cálculos, a dor do glaucoma descompensado (pressão dentro do olho aumentada) também está no topo da lista.

Cólica renal

A dor da cólica renal, também conhecida como cólica nefrética, é caracterizada por uma intensa e súbita dor aguda na região lombar, geralmente concentrada em um dos lados das costas. Essa dor pode irradiar para a parte frontal do abdômen e para a virilha.

As causas da cólica renal estão frequentemente associadas à formação de cálculos renais. Eles são depósitos sólidos que se desenvolvem nos rins a partir de minerais e sais.

Quando esses cálculos obstruem o fluxo normal da urina pelos ureteres, causam distensão e inflamação. Isso desencadeia a dor intensa característica da cólica renal.

Outras causas podem incluir infecções renais, anomalias anatômicas e obstruções urinárias. O tratamento geralmente visa a aliviar a dor, promover a passagem dos cálculos e tratar a causa subjacente, quando aplicável.

Glaucoma descompensado

O glaucoma descompensado refere-se a uma forma mais avançada e não controlada dessa condição ocular progressiva que afeta o nervo óptico. O glaucoma é caracterizado pelo aumento da pressão intraocular, resultando em danos ao nervo óptico e perda gradual da visão periférica.

Quando não devidamente controlado, o glaucoma descompensado significa que a pressão intraocular atinge níveis críticos, agravando os danos ao nervo óptico de maneira mais pronunciada.

Os sintomas do glaucoma descompensado podem incluir visão embaçada, dores oculares intensas, halos ao redor das luzes, náuseas e vômitos. Além disso, o paciente pode experimentar uma rápida deterioração da visão central e periférica.

É crucial que o glaucoma seja diagnosticado precocemente e tratado adequadamente para evitar a progressão para estágios descompensados, que podem resultar em danos irreversíveis à visão.

Dá e passa

Em comum, dores renais e do glaucoma são contínuas, o que as torna ainda mais insuportáveis do que ter um bebê sem anestesia. Afinal, a dor do parto vem e passa. Além disso, a dor tem hora para acabar: quando o bebê nasce. As dores do parto são uma parte essencial do processo de dar à luz e estão associadas às contrações uterinas e à dilatação do colo do útero.

As dores do parto podem ser divididas em duas categorias principais: dores de trabalho de parto e dores de parto durante a fase de expulsão. Durante as contrações uterinas, a dor é geralmente descrita como intensa e cíclica, à medida que o útero se contrai para empurrar o bebê em direção ao canal de parto.

A dor de trabalho de parto é causada pela liberação de substâncias químicas chamadas prostaglandinas. Elas estimulam as contrações musculares.

Já as dores de parto durante a fase de expulsão ocorrem quando o colo do útero está completamente dilatado. E a mãe começa a empurrar para expulsar o bebê.

Nesse estágio, a dor está relacionada à distensão dos tecidos e à pressão exercida sobre a pelve. As dores do parto têm uma função biológica vital, preparando o corpo da mulher para o nascimento e facilitando a passagem segura do bebê pelo canal de parto.

Fonte: Paulo Basto de Albuquerque, médico da Clínica Obstétrica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo

*Com matéria publicada em 17/04/2012

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