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Já acordou achando que estava caindo? É mais comum do que se imagina

Já acordou achando que estava caindo? Imagem: iStock

De VivaBem, em São Paulo

05/03/2024 04h04

Imagine essa cena: você está quase dormindo, mas, de repente, acorda com uma sensação de que está caindo da cama. Logo a impressão passa e você ou volta para o sono ou acorda de vez. Já passou por isso? Esse tipo de acontecimento tem nome para a ciência: são os espasmos hípnicos.

"Nada mais é do que uma contração súbita e rápida que afeta o corpo de forma assimétrica. Geralmente, isso acontece em um momento de transição do sono, quando fomos da vigília para dormindo", diz a especialista em sono Erika Treptow, pesquisadora do Instituto do Sono.

Essas pequenas mexidas nos braços e pernas, de forma pouco ampla, acontecem porque seu cérebro está começando a "se desligar" dos músculos, no processo de redução da atividade cerebral que nos faz dormir.

"Esse espasmo, muitas vezes, é percebido por pessoas próximas", diz o neurologista e médico do sono Samir Magalhães, neurofisiologista clínico do Hospital Universitário Walter Cantídio, no Ceará. Vale avisar o companheiro de cama que isso pode acontecer, mas que não precisa se assustar.

"A sensação mais comum é a de queda, mas esses episódios podem acompanhar alucinações auditivas e visuais. Tem até quem grita, mas costuma ser bem rápido", diz Treptow.

Quase todas as pessoas passarão por uma situação como essa pelo menos uma vez na vida, diz a especialista.

É perigoso?

Você não precisa se preocupar: na maioria das vezes, esse tipo de reação não traz riscos. "Eles não indicam nenhum tipo de problema de saúde. A não ser que esses movimentos atrapalhem que a pessoa pegue no sono, não há necessidade de tratamento", diz Magalhães.

Treptow alerta que é preciso prestar atenção na frequência com que se sente os espasmos. "Algumas situações do cotidiano podem desencadear esses episódios, como consumo excessivo de cafeína, nicotina, estimulantes ou exercícios físicos intensos antes de dormir", diz. Quem sofre com privação de sono ou está passando por estresse emocional também está mais vulnerável aos espamos hípnicos.

Quando crianças têm os espasmos hípnicos é interessante investigar. "É preciso saber se ela está passando por algum estresse maior do que demonstra. Se acontecer medo de ir dormir e dificuldade para pegar no sono, vale procurar ajuda", diz Treptow.

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