Dá para aprender a ser feliz? Pesquisa diz que sim e mostra dicas simples

Qual o segredo da felicidade? Um grupo de pesquisadores da Universidade de Bristol estudou o tema para chegar a uma espécie de receita que te ajuda a ser feliz.

A universidade oferece o curso de "Ciência da Felicidade", lançado em 2018 —o primeiro do tipo no Reino Unido com o objetivo de estudar o tema nas áreas de psicologia e neurociência.

Sim, é possível aprender a ser feliz. Pouco mais de cinco anos do início da formação, um estudo publicado pela edição de março da revista científica Higher Education traz os resultados dos ensinamentos replicados na graduação.

A prática de um método ajudou a aumentar em 10% a 15% o bem-estar das pessoas que o aplicam no dia a dia, e os resultados, em alguns casos, perduraram por dois anos, diz Bruce Hood, psicólogo e filósofo especializado em neurociência cognitiva do desenvolvimento e autor da pesquisa. Os resultados foram obtidos após entrevistas e estudos ao longo dos anos com 228 graduandos que colocaram o método em prática.

Entre as atividades que ajudam a nos deixar mais felizes, segundo a pesquisa, estão:

  • Conversar com estranhos: isso traz felicidade, mesmo que a gente evite fazer isso por timidez ou outros motivos;
  • Dar presentes a outras pessoas: isso ativa centros de recompensa no cérebro, proporcionando felicidade;
  • Ter boa qualidade de sono;
  • Caminhar na natureza;
  • Praticar atos de bondade;
  • Praticar meditação;
  • Prestar atenção ao que acontece de positivo a cada dia;
  • Praticar atividade física;
  • Praticar a gratidão.

É como ir à academia, não podemos esperar que fazer uma aula vai garantir estar em forma sempre. Tal como acontece com a saúde física, temos de trabalhar continuamente na nossa saúde mental, caso contrário as melhorias são temporárias. A prática leva à perfeição.
Bruce Hood

O estudo ainda apontou que as mídias sociais não são nocivas a todas as pessoas, mas prejudicam aqueles que se preocupam demais com sua reputação. Além disso, o otimismo aumenta a expectativa de vida, e a solidão traz danos ao sistema imunológico.

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