Câncer de bexiga costuma dar sintomas na fase inicial; veja quais são
O câncer de bexiga tem diagnóstico relativamente raro. É um tumor pouco frequente e tem altas chances de cura se diagnosticado precocemente. Os pacientes são, majoritariamente, homens brancos acima dos 60 anos.
Em 90% dos casos, o câncer de bexiga acomete as células que recobrem internamente o órgão —o chamado tumor de células transicionais, ou tumores uroteliais.
O tabagismo está por trás de metade dos registros. "Fumantes têm de 2 a 4 vezes mais chances de desenvolver esse câncer", explica o urologista Leonardo Borges, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Outros 20% desses diagnósticos são associados à exposição a aminas aromáticas, substâncias químicas presentes em indústrias como de tintas, corantes, borracha, entre outras.
Há tipos de tumores na bexiga, como o de células escamosas, relacionados à irritação crônica por cálculos na bexiga, cateteres, infecções crônicas, e o adenocarcinoma. Esses tipos, no entanto, são mais raros.
Tipos e tratamento
Por não ser um câncer frequente, não há indicação para rastreamento periódico, como no caso da mamografia ou próstata. "Mas, em check-ups de rotina, o médico tende a pedir um ultrassom que já serve para avaliação da bexiga", diz Borges.
O câncer de bexiga costuma dar sintomas ainda no começo e, na maioria dos casos (70%), é superficial e não se espalha.
Ele causa sangramento mesmo nas fases iniciais. Por isso, sempre que houver sintomas como dor ou sangramento, deve-se procurar um médico.
Há ainda outros sintomas, além do sangue na urina:
- Aumento da frequência com que o indivíduo urina, tanto de dia quanto de noite;
- Necessidade de urinar com urgência;
- Dor/ queimação ao urinar;
- Num cenário de doença mais avançada, o paciente pode apresentar dor nas costas e emagrecimento.
"Apesar de haver outras causas possíveis, mesmo benignas, é preciso considerar a suspeita de câncer", explica o especialista.
A identificação do tumor pode ser feita por meio de exames de urina e de imagem.
O tratamento é feito por meio de cirurgia endoscópica, através da uretra.
Para evitar a volta da doença, são aplicados medicamentos dentro da bexiga, como quimioterapia e imunoterapia - nesses casos, usa-se o BCG, bacilo capaz de estimular a reação do organismo para combater as células cancerosas.
Quando descoberto inicialmente, a chance de sobrevida é acima de 80%.
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