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Beber refri, comer mel? Saiba como agir numa crise de hipoglicemia

Tomar um copo de 150 ml de suco de laranja ajuda a aumentar os níveis de açúcar no sangue rapidamente Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo*

26/03/2024 04h00

Suor em excesso, vertigens, sonolência, tremores e fraqueza. Sintomas como esses podem ser causados por uma crise de hipoglicemia, que é quando o nível de glicose no sangue fica abaixo do normal (menos que 70 mg/dl). Este é um problema conhecido por quem tem diabetes, devido aos níveis de glicemia mais instáveis, mas pessoas sem a doença também podem sofrer com essa queda, caso não se alimentem corretamente ou pratiquem exercícios em jejum, por exemplo.

Abaixo, veja quais alimentos ajudam durante uma crise e quais você deve colocar no cardápio para evitar que o problema ocorra com frequência. Vale ressaltar que é bom consultar seu médico, caso o mal-estar não passe e seja recorrente.

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No caso de uma crise, coma:

Imagem: iStock

Mel

Quando o açúcar no sangue fica muito baixo, um carboidrato de rápida absorção é necessário para trazer esses níveis para valores considerados normais. Aposte em uma colher de sopa de mel. Funciona, pois é composto por 30% de glicose, menos de 40% de frutose e cerca de 20% de outros tipos de açúcares.

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Suco de laranja

Essa é outra fonte de carboidrato de ação rápida, absorvido com facilidade por nosso organismo. Tomar um copo de 150 ml da bebida ou mesmo de um suco de uva integral, que é concentrado, ajuda a aumentar os níveis de açúcar no sangue logo. Comer a fruta inteira não teria o mesmo efeito veloz —por conta das fibras e do índice glicêmico menor.

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Refrigerante

Beba 200 ml e esqueça a versão diet do produto, pois o açúcar é necessário neste momento. Aguarde 15 minutos após tomar a bebida e, constatado que o quadro de hipoglicemia foi revertido, vale ingerir um carboidrato complexo, como um pedaço de pão integral, para sustentar a glicose em alta por mais tempo.

Para evitar novas crises:

O segredo é manter os níveis de glicose dentro da meta estabelecida, que varia de acordo com a idade, condições gerais de saúde e outros fatores de risco, além de situações como a gravidez, por exemplo. De qualquer forma, para deixar essa glicemia estável, vale apostar em alguns alimentos:

Imagem: Getty Images

Aveia

Suas fibras solúveis têm o papel de retardar a absorção dos carboidratos da refeição. Além disso, fornecem energia ao corpo de maneira mais estável em comparação aos açúcares e carboidratos simples —o que ajuda a regular e sustentar a glicose por mais tempo.

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Oleaginosas

As gorduras saudáveis funcionam como uma grande fonte de energia, pois mantêm os níveis adequados de açúcar no sangue e fornecem um maior período de saciedade. Outra vantagem é que são facilmente transportáveis, tornando um lanche rápido ideal na rotina corrida.

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Iogurte mais frutas

Iogurte feito sem adição de açúcar fornece proteínas e gorduras. Misture com frutas frescas de baixo índice glicêmico, como o mirtilo, e você terá um lanche com a energia do carboidrato juntamente com as proteínas, gorduras e fibras que retardam o metabolismo da glicose.

É melhor maneirar no...

Imagem: Getty Images

Álcool

Inibe a gliconeugênese no fígado, ou seja, a síntese de glicose. E é o órgão que produz glicose passivamente, para manter nossos órgãos vitais funcionando. Se uma pessoa bebe em jejum vai ocorrer um pico, pois o etanol é um carboidrato, e depois uma queda, que inibe essa produção espontânea do fígado. Assim, sempre coma algo antes, em especial fontes de carboidratos, de gorduras e proteínas. Também beba com moderação.

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Doces

Ao comer doce em jejum ou no intervalo das refeições, ocorre uma subida muito rápida da glicemia. Isso desperta a insulina que, rapidamente, chega em grande quantidade para cuidar desse açúcar ingerido. O ideal é manter refeições balanceadas, ajudando a promover uma absorção gradativa da glicose e posterior estabilidade dessa glicemia.

Fontes: Erika Campana, diretora do Departamento de Hipertensão da Socerj (Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro); Maria Fernanda Barca, doutora em endocrinologia pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); e Maristela Bassi Strufaldi, nutricionista e mestre em endocrinologia clínica

*Com matéria publicada em 10/04/2018

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