Monja Coen com câncer de pele: veja como identificar e tipos da doença
De VivaBem, em São Paulo (SP)
28/03/2024 18h23
Com áreas manchadas na cabeça e no rosto, Monja Coen compartilhou em suas redes sociais que está passando por um tratamento contra um câncer de pele.
Apesar do problema de saúde, ela gravou vídeos bem-humorados e conta que está fazendo sessões de quimioterapia. "Estou no processo de cura", tranquilizou.
Mas como identificar o câncer de pele e os seus tipos? A seguir, VivaBem explica como realizar o autoexame e outros sinais para se atentar.
Como identificar câncer de pele?
A princípio, é importante se familiarizar com os sinais existentes para poder monitorá-los de forma regular, buscando pintas de surgimento recente e algumas alterações nas mais antigas.
O câncer de pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras manifestações benignas. Durante o autoexame, é possível encontrar sinais de que há algo errado. Fique atento a:
Lesões com aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e propensas a sangrar com facilidade;
Pinta preta ou castanha que muda de cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
Manchas ou feridas que não cicatrizam, continuam a crescer e apresentam coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Os especialistas recomendam sempre considerar a regra do ABCDE ao identificar alterações nos formatos, cores e tamanhos das manchas:
A - Assimetria: uma pinta simétrica ao ser dividida ao meio é considerada normal; suspeite se houver assimetria.
B - Bordas: as bordas devem ser regulares; se forem recortadas, como um mapa, é preciso investigar.
C - Cor: a coloração deve ser homogênea; quanto mais heterogênea, com diferentes colorações como vermelho, branco, preto, azul, mais perigosa ela é.
D - Diâmetro: os sinais não devem ter diâmetro maior que 0,5 cm.
E - Evolução: se houve crescimento recente ou mudança na coloração, a pinta precisa ser examinada com mais rigor.
Se houver qualquer suspeita, é importante procurar um médico para um diagnóstico e tratamento adequados.
Dicas para fazer o autoexame
Realize o autoexame em casa sem roupa e com calma.
Em frente ao espelho, examine o rosto, incluindo os lábios, em um local bem iluminado.
Continue analisando pescoço, tórax, braços, cotovelos, antebraços, dorsos e palmas das mãos.
Verifique as unhas em busca de linhas escuras ou espessamentos persistentes.
Levante os braços para inspecionar as axilas.
Prossiga examinando as coxas, joelhos e pernas.
Utilize um segundo espelho para verificar a nuca, costas, parte posterior das coxas, joelhos e pernas.
Verifique todo o couro cabeludo, orelhas e a parte detrás delas.
Examine as regiões genitais, nádegas e, por último, sente-se para verificar os dorsos e plantas dos pés, entre os dedos e as unhas dos pés.
Crianças e idosos podem precisar de ajuda de outras pessoas para realizar o autoexame.
Quem tem mais risco de ter a doença?
O tumor é mais prevalente em pessoas com mais de 40 anos, especialmente aquelas com pele e olhos claros, que tendem a se queimar facilmente ao sol.
Histórico familiar da doença e uso de medicamentos imunossupressores também são fatores de risco identificados por especialistas.
Quais os tipos de câncer de pele e como identificar a diferença entre eles?
De forma geral, os tumores na pele podem são divididos em: melanomas e não melanomas. O primeiro representa a minoria dos casos de câncer de pele, cerca de 3% dos diagnósticos, de acordo com o Ministério da Saúde.
O câncer de pele não melanoma é o com maior incidência no Brasil. Corresponde a 31,3% dos casos, de acordo com dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer).
Melanoma: é preciso observar as pintas do corpo —qualquer sinal acastanhado ou preto que muda de cor, formato ou de tamanho, que provoque coceira e/ou esteja sangrando deve ser avaliado por um dermatologista.
Não melanoma: esse é o mais comum, e se divide em dois tipos, de acordo com o tecido em que se origina, sendo o carcinoma basocelular o mais comum deles. Geralmente aparece em áreas expostas ao sol, como rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Apresenta-se tipicamente como uma mancha ou pápula avermelhada que sangra facilmente e não cicatriza, resultando em um ferimento persistente. O segundo, é o carcinoma espinocelular, que surge das células escamosas da pele e também é mais comum em áreas expostas ao sol. Costuma afetar mais homens que mulheres e se manifesta como lesões semelhantes a verrugas, que podem sangrar. Essas lesões podem formar crostas e pequenas feridas que não cicatrizam.
Se houver dúvidas sobre alguma pinta ou mancha, procure um médico o quanto antes, o diagnóstico precoce ajuda a salvar vidas e evita que a doença afete outras áreas do corpo.
*Com informações de matérias publicadas em 08/12/2022 e 09/01/2023