Orgasmo de 15 min é possível? Ciência tem resposta desanimadora pra isso
Em vivências de sexo tântrico, não é difícil encontrar a promessa de expandir o autoconhecimento a partir da sua própria energia sexual. Muitos praticantes, inclusive, relatam orgasmos duradouros, ejaculação feminina e, claro, diversas experiências sensoriais. Os dois temas — orgasmo por um grande período e a ejaculação — são polêmicos, já que os relatos não são reconhecidos pela ciência.
Orgasmos demoram tanto assim?
A princípio, não. Não há estudos ou relatos na literatura médica que comprovem que é possível ter um orgasmo tão longo, como os 15 minutos citados.
A medicina é baseada em evidências, só que o problema é que há poucos estudos científicos na área de sexologia. Até pela dificuldade que é de fazer as mensurações, colocar as pessoas para transar e observar os casos.
De acordo com a ciência, o orgasmo dura de dez a 20 segundos. Mais tempo do que isso só existe em estudos de casos de homens e mulheres que conseguem chegar ao clímax durante tarefas corriqueiras do dia a dia.
Os relatos clínicos tratam isso como uma disfunção. As reações fisiológicas do orgasmo são muito intensas a ponto de gerar fadiga. Essa tensão, a nível cerebral, é vista como algo que traz problemas para a vida da pessoa e não prazer.
Onda orgástica
A técnica do tantra proporciona uma "sensação orgástica" que permite sentir um prazer muito mais intenso por mais tempo. Isso é encontrado nas escrituras de mestres hindus que datam de cinco mil anos. Ainda que haja muito do tantra na história do Oriente, a medicina tem se interessado há pouco tempo sobre como o orgasmo pode beneficiar o corpo.
A ciência, no entanto, reconhece que as mulheres podem ter orgasmos múltiplos, que acontecem quando elas chegam ao clímax e não param de ser estimuladas.
E a ejaculação feminina?
Outro tema polêmico. Por muito tempo, a ciência rechaçou essa ideia até um estudo científico descobrir que algumas mulheres têm um ponto de estímulo na parede da vagina que pode provocar a "ejaculação".
Outro estudo também identificou que algumas mulheres podem ter uma glândula remanescente que funcionaria como a do homem, armazenando líquido e, posteriormente, ejaculando. Mas ainda não tem nada cabal sobre o tema.
No entanto, a ejaculação feminina consiste em um líquido incolor e sem cheiro, muitas vezes confundido com xixi.
Fontes: Glene Rodrigues, ginecologista especializada em educação e terapia sexual pela SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana; Iracema Teixeira, psicoterapeuta doutora em psicologia e mestre em sexologia; e Sol Moraes, terapeuta tântrica do Conexão Tantra
*Com matéria publicada em 20/01/2018
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