Quimioterapia me deixa muito enjoado; como reduzir esse sintoma?

O enjoo e a náusea são efeitos colaterais comuns da quimioterapia. Então, além de serem minimizados com medicamentos prescritos pelos oncologistas (como ondansetrona, bromoprida, metoclopramida, dimenidrinato), também podem diminuir por meio da alimentação.

Para isso, basta seguir uma dieta com foco em:

Frutas cítricas: laranja, limão e abacaxi melhoram a digestão, o que favorece o esvaziamento gástrico e, consequentemente, reduz os enjoos;

Alimentos frios: consuma picolés, sorvetes feitos de frutas congeladas, sucos bem gelados, água com limão e gengibre gelada;

Gengibre: faça chá de gengibre gelado ou bata o gengibre nos sucos de frutas;

Hortelã: use-o em folhas ou desidratado para fazer chás, pois auxilia no esvaziamento gástrico, facilitando a digestão;

Alimentos saudáveis e de fácil digestão: frutas, arroz, frango, ovos, legumes, torradas, sopas e iogurte;

Além disso:

Evite bebidas com gás: elas intensificam as náuseas. Espere sair o gás para beber;

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Alimente-se várias vezes ao dia: de 5 a 6 vezes, com refeições pequenas e lanches, pequenas quantidades provocam menos náuseas do que grandes quantidades;

Evite alimentos com cheiros fortes: como café, peixe, cebola e alho;

Se puder, peça para alguém preparar sua comida: o cheiro do alimento também provoca náuseas. Sem esquecer, claro, de evitar o contato com odores fortes como perfumes.

É importante saber também que, normalmente, o enjoo cede poucos dias após a aplicação do tratamento. Quando a quimioterapia acabar, esses sintomas também desaparecem.

Entretanto, como os enjoos costumam ter vários fatores causadores, como outros medicamentos, gastrite, algum grau de obstrução intestinal, radioterapia, entre outros, ele pode persistir. Por isso, é muito importante identificar todas as causas de náuseas durante o tratamento, para que sejam tratadas especificamente.

Fontes: Duilio Rocha Filho, chefe da unidade de oncologia do HUWC (Hospital Universitário Walter Cantídio), que integra o Complexo Hospitalar da UFC-CE (Universidade Federal do Ceará) e vinculado à Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Juliana de Amorim Matos, médica oncologista do HUPAA/UFAL (Hospital Universitário Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas) e vinculado à Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Maria Del Pilar Estevez Diz, diretora de corpo clínico do ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo); Rodrigo Guedes, médico oncologista clínico e coordenador da Oncologia D´or - Regional Bahia.

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