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Falsa médica atendia em Maceió; como saber se um profissional é fake?

Colaboração para VivaBem*

30/04/2024 15h55

Helenedja Oliveira, uma falsa médica que atendia como nutróloga em um dos maiores e mais famosos centros médico de Maceió, foi indiciada pela Polícia Civil de Alagoas por exercício ilegal da profissão. Além de não ter formação em medicina, ela ainda é investigada por estelionato contra pacientes.

Segundo o colunista do UOL Carlos Madeiro, Helenedja se autointitulava "especialista em emagrecimento pré-cirúrgico, tratamento de obesidade e oncologia metabólica." Ela cobrava R$ 450 de pacientes sem convênio e mantinha um site com artigos sobre saúde.

Afinal, como evitar falsos médicos?

Verifique se o médico está registrado no Conselho Regional de Medicina do seu estado. Um exemplo: a cirurgia geral tem a especialização em cirurgia plástica. O profissional que exerce essa especialidade pode ter tanto o título de cirurgião geral quanto o de cirurgião plástico. Por isso, vale acessar o conselho de medicina para verificar se o profissional tem registro nas duas áreas, se o CRM está ativo ou se existe alguma observação.

Pacientes que tiverem dúvidas sobre o profissional ser ou não um falso médico podem fazer consulta na página do CFM (Conselho Federal de Medicina). Cerca de 80% dos médicos são cadastrados com fotos no portal.

Pesquise também se o profissional em questão não tem nenhuma denúncia. Sites de busca podem complementar essa pesquisa com outras informações, como se esse profissional tem algum processo. Deve-se observar que tipo de processo se trata caso de fato exista algum, porque o profissional pode ter processos em seu nome que não têm nenhuma relação com a área médica.

Analise o currículo e as avaliações do médico. As redes sociais também podem dar mais possibilidades para essa busca. Lá, outras informações podem ser colhidas e checadas, já que as regulamentações sobre o uso das redes sociais para médicos restringem algumas questões que nem sempre são seguidas — como diagnósticos ou prescrições por qualquer meio de comunicação de massa, além da divulgação de preços e descontos nas redes sociais do profissional.

Recorra a indicações. Mesmo que você não tenha a opção de escolher entre muitos profissionais, às vezes é possível buscar informações em fontes confiáveis, como pessoas próximas, hospitais e clínicas.

Fique atento aos sinais. O paciente deve se fazer uma série de perguntas quando passa por tratamento com um médico, como: o profissional me trata com respeito, atenção e profissionalismo? Tem boa reputação, referências e conhecimento na área da minha doença ou condição? Dispõe de consultório ou clínica com boa infraestrutura, higiene e conforto?

Fontes: Larissa Cassiano, médica ginecologista e obstetra, mestranda em Ginecologia e Obstetricia na FMUSP e colunista de VivaBem; Taina Viana, cardiologista do Hospital São Rafael, da Rede D'Or, em Salvador; Paulo Camiz, clínico-geral e professor do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); e Júlio Barbosa, médico pela UFBA (Universidade Federal da Bahia) e neurocirurgião.

*Com reportagens publicadas em 20/07/2022 e 08/02/2024

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