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Como ajudar seu bebê a superar as reações adversas das vacinas

A vacina nos bebês podem causar reações adversas Imagem: Getty Images

De VivaBem

02/05/2024 04h00

As vacinas são fundamentais na vida das pessoas, principalmente nos primeiros meses de vida. Porém, a imunização contra diversas doenças pode causar reações adversas aos bebês e se tornar um pesadelo para os pais. Apesar disso, os sintomas são considerados normais pelos especialistas e podem ser aliviados com alguns métodos.

Todas as vacinas podem causar reações que costumam surgir em até 48h, como vermelhidão, dor, febre, cólica, irritabilidade, entre diversas outras. As mais comuns são chamadas de reações locais e representam alguma mudança no local da pele onde a vacina foi aplicada, que pode ficar vermelha ou dura após a injeção. Em contrapartida, há reações raras, como convulsão e outros sintomas neurológicos.

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O comum é que os sintomas durem dois dias. Por isso, é necessário alertar o pediatra quando eles passarem deste período. Segundo especialistas, a regra é exceção no caso da vacina BCG, contra a tuberculose, que pode provocar reação local entre 15 e 30 dias após a aplicação. Ela pode causar um edema ou vermelhidão, seguida de formação de pus e crosta na área, que deve ser lavada com água e sabão neutro.

Há dois tipos de imunizantes: um feito com células inteiras de microrganismos causadores das doenças e outro considerado acelular, pois é produzido com vírus e bactérias (ou parte deles) modificados por engenharia genética. As duas vacinas são igualmente eficazes, mas as preparadas com células inteiras têm maior potencial de reação.

Uma maneira de minimizar o desconforto das crianças é com a técnica "5 S", que consiste em imitar as condições do útero materno para acalmar os bebês. Desenvolvido pelo pediatra americano Harvey Karp, o método é popular nos Estados Unidos e demonstrou eficácia em crianças de zero a três meses.

Os 5 S vêm do inglês e representam:

"Swading": enrolar e apertar o bebê para reproduzir como ele ficava dentro da barriga, com cuidado para não comprimir a área dolorida pela aplicação da vacina;

"Side/stomach position": deitar o bebê com a barriga virada para baixo sobre o braço ou no colo;

"Swinging": balançar levemente a criança no colo, já que no útero ela era acostumada com o balanço da movimentação da mãe;

"Sushing": carregar o bebê no colo fazendo o som de um chiado como "shiiiii", bem baixo;

"Sucking": como sugar acalma os bebês, uma opção é dar o peito ou a chupeta para aumentar a sensação de conforto.

De acordo com especialistas, a técnica é uma das melhores opções para aliviar o desconforto do bebê, pois o uso de analgésicos ou antitérmicos após a imunização pode diminuir a efetividade da vacina. A orientação é usar os medicamentos somente em caso de febre ou irritabilidade persistente.

Fontes: Ricardo Morando, pediatra; Mariana Nudelman, pediatra; Yukimi Takanaca de Decco, pediatra e neonatologista; Lilian Zaboto, pediatra.

*Com matéria publicada em abril de 2013.

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