6 erros comuns que impedem você de emagrecer com saúde

O método mais eficaz de emagrecer é aquele que ocorre de maneira progressiva, por meio de hábitos saudáveis que possam ser mantidos ao longo da vida. Dessa forma, sem restrições severas ou sofrimento, a perda de peso se torna sustentável.

Esse é o princípio defendido pela nutricionista Samantha Rhein, pós-doutoranda pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). A seguir, ela mostra erros comuns que impedem sua perda de peso e que devem ser evitados:

1. Pressa para queimar gordura

Na ansiedade de perder peso, muitos recorrem a soluções milagrosas que, na verdade, podem ser mais prejudiciais do que benéficas. A perda de peso não deve ser focada apenas na redução calórica, mas também na qualidade dos alimentos consumidos e na nossa relação com a comida.

Embora o déficit calórico seja um fator crucial para a perda de peso, se não houver uma mudança nos hábitos alimentares, é provável que a pessoa recupere o peso perdido.

2. Cortar todo tipo de carboidrato

A ingestão insuficiente do nutriente pode levar a sintomas como fadiga, dores e falta de energia. Isso não significa que devemos consumir carboidratos sem controle. Quando consumidos em excesso, eles podem ser prejudiciais à saúde, aumentando os níveis de triglicerídeos e contribuindo para a obesidade.

O problema reside no consumo excessivo de fontes ruins de carboidratos, como açúcar, pão branco, massas, fast-food, biscoitos e outros produtos industrializados. Em média, os carboidratos devem representar entre 45% e 65% do total de calorias consumidas por uma pessoa saudável ao longo do dia, provenientes de alimentos de qualidade, como frutas, legumes, tubérculos, grãos integrais e leguminosas.

3. Ignorar a primeira refeição do dia

É bastante comum encontrar indivíduos que optam por não tomar o café da manhã, acreditando que dessa forma pouparão calorias e "obrigando" o corpo a queimar gordura. A realidade é justamente o oposto: aqueles que fazem essa refeição estão mais resguardados contra a obesidade.

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Isso foi comprovado por uma pesquisa envolvendo mais de 50 mil participantes, que apontou que os indivíduos que tomam café da manhã têm uma maior probabilidade de apresentar um IMC (índice de massa corporal) mais baixo. A conclusão é que se alimentar logo após acordar aumenta a sensação de saciedade e diminui o consumo excessivo de calorias ao longo do dia.

4. Não comer frutas por achar que engordam

Este receio se originou devido à presença de frutose nas frutas, que é um açúcar natural. As frutas não oferecem apenas esse nutriente, mas também uma variedade de substâncias benéficas para a saúde.

Elas são fontes ricas de fibras, que contribuem para a sensação de saciedade, além de vitaminas e minerais, essenciais para o funcionamento adequado do corpo.

5. Substituir refeições por shakes e sopas

A conhecida "dieta líquida" é uma estratégia frequentemente adotada por aqueles que buscam perder peso. No entanto, além de não haver evidências científicas que comprovem sua eficácia, essa dieta é caracterizada pela falta de texturas e pela incapacidade de promover a saciedade (você consome um shake e logo sente fome novamente).

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Além disso, é uma dieta altamente restritiva, que raramente é mantida a longo prazo. Ela também não favorece a reeducação alimentar.

Ou seja, quando parar a dieta, a tendência é que você volte a comer mal e recupere todo o peso que perdeu.

6. Retirar o leite da alimentação

O conceito de que eliminar o leite e seus produtos da dieta vai prevenir a inflamação e o aumento de peso é um equívoco comum. De fato, se você tem uma intolerância ou alergia já identificada, o leite e seus produtos podem causar inflamação e outros problemas de saúde. Contudo, se você não se encaixa nesse perfil, o alimento não é prejudicial.

Atualmente, já é conhecido que o leite contém gorduras com propriedades anti-inflamatórias e que protegem a saúde do coração. "O que causa inflamação é o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcares, gordura trans e ultraprocessados", afirma a especialista em nutrição.

*Com informações de reportagem publicada em 24/11/2022

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