Não é camomila: beba este chá e diminua muito a ansiedade
Você já deve ter visto alguém oferecer um copo de suco de maracujá para uma pessoa que está nervosa. Tudo isso porque a fruta tem fama de acalmar. Mas não é no suco onde encontramos em maior quantidade essas propriedades calmantes e, sim, nas folhas.
O maracujá é uma fruta do gênero Passiflora e há mais de 600 gêneros diferentes dessa espécie, que é predominantemente encontrada em regiões de clima tropical. O tipo mais estudado, a Passiflora incarnata, é a que mais tem quantidade de passiflorina, um princípio ativo que tem ação calmante e relaxante.
A passiflorina atua inibindo o receptor do neurotransmissor GABA, que tem uma ação depressora do sistema nervoso central, provocando esse efeito calmante, que ajuda a diminuir a ansiedade sem prejudicar as atividades do dia a dia, já que não estimula o sono, por exemplo.
O fruto do maracujá conta com esse princípio ativo em menor quantidade que as folhas da fruta. Portanto, o suco tem um leve efeito calmante, mais percebido em pessoas mais sensíveis, como crianças.
Chá é mais potente do que o suco
Há uma série de estudos e revisões sistemáticas que mostram que o efeito calmante só acontece quando há uma concentração de passiflorina elevada. Portanto, a melhor forma de garantir os benefícios relaxantes do maracujá é por meio do chá de folhas ou ainda dos extratos em cápsulas.
O chá pode ser feito com infusão de folhas verdes ou desidratadas. Para isso, basta colocar uma colher de sopa na água e esquentar. É necessário desligar o fogo antes de atingir o ponto de fervura e deixar as folhas na água por alguns minutos para obter todas as propriedades da bebida.
Lembrando que é recomendado o consumo imediato da bebida, já que não é aconselhável fazer chás e deixá-los na geladeira, pois há o risco de fermentação e, com isso, produção de outras substâncias.
Entretanto, há a recomendação de contar com acompanhamento médico e psicoterapêutico, especialmente se estiver passando por um período de ansiedade, compulsão ou qualquer problema de ordem emocional, para garantir que o fitoterápico terá a ação suficiente para o que você precisa no momento.
Fontes: Cláudia Sampaio, professora do Departamento de Ciências Biológicas da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco); Cintia Pereira da Silva, nutricionista e doutora em nutrição em Saúde Pública pela USP; Diana Ruffato, nutricionista e doutora em ciências da saúde pela FMRP-USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo); e Marcella Garcez, nutróloga, professora e diretora da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).
*Com informações de reportagem publicada em 09/06/2021
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