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Sintomas, O Que Causa e Tratamentos


Dengue deixa sequelas? Elas podem durar quanto tempo?

A dengue, em seu estágio mais severo, pode provocar insuficiência cardíaca e uma inflamação do tecido muscular do coração Imagem: iStock

Colaboração para VivaBem

17/05/2024 17h31

A dengue segue em alta no Brasil e seu agente causador, o mosquito Aedes aegypti, também. Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, em 2024, o país possui 4,7 milhões de casos prováveis da doença e os óbitos totalizam 2,5 mil.

Os sintomas mais comuns da dengue incluem:

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  • Eritema (mancha vermelha parecidas com alergia)
  • Dor no corpo
  • Mialgia (dor muscular)
  • Fadiga Dor de cabeça
  • Dor no fundo dos olhos
  • Febre (maior que 38,5ºC)
  • Perda de apetite
  • Dor abdominal

Na forma grave de dengue:

  • Dor abdominal intensa
  • Vômito persistente
  • Respiração acelerada
  • Sangramento de mucosa ou outra hemorragia
  • Fadiga
  • Agitação ou confusão mental.

Os sintomas, em geral, persistem por um período de 5 a 7 dias. Já a dengue grave dura, em média, de 7 a 10 dias. Porém, mesmo após a recuperação, o indivíduo afetado pode continuar a experimentar sintomas residuais e ter até sequelas.

Em um cenário típico, a dor de cabeça e o cansaço podem persistir por um período mais longo, às vezes, semanas. No entanto, é importante entender que o vírus da dengue invade a corrente sanguínea e tem a capacidade de proliferar em vários órgãos. É nesse momento que podem surgir complicações.

Veja a seguir as principais:

  • Riscos gestacionais: no caso de mulheres grávidas, a dengue não passa para o feto como o zika vírus, mas aumenta os riscos de aborto e parto prematuro.
  • Danos ao coração: a dengue, em seu estágio mais severo, pode provocar insuficiência cardíaca e miocardite, uma inflamação do tecido muscular do coração. Quase metade (48%) dos pacientes que progridem para a forma grave da dengue desenvolvem miocardite, informa a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia).
  • Alterações no cérebro: a depender da intensidade a dengue, surgem manifestações neurológicas. Estão sujeitos indivíduos de todas as idades. De acordo com o Ministério da Saúde, os danos incluem: convulsões, confusão mental, excesso de sono, irritabilidade, perda de memória e encefalite, uma inflamação que se desenvolve no cérebro.
  • Perda dos movimentos: os danos ao cérebro ainda podem repercutir em problemas de movimento e de fala, além da síndrome de Guillain-Barré, que tem por sintomas sensação de fraqueza e formigamento que começam nos pés e pernas e se propagam pelo corpo. Ela também pode elevar a probabilidade de paralisia e danos irreversíveis.
  • Comprometimento de fígado e rins: de acordo com o Ministério da Saúde, um sinal em até 50% dos pacientes com dengue é a presença de níveis moderadamente elevados de enzimas hepáticas, indicando danos ao fígado e, em casos graves, seu mau funcionamento.
  • Insuficiência renal aguda: em situações extremas, os pacientes podem apresentar sintomas ainda mais alarmantes, como convulsões ou coma, conforme relata a SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia).

Sequelas de dengue duram quanto?

É muito variável. Alguns podem enfrentar problemas permanentes, enquanto outros podem apresentar sintomas que tendem a melhorar com o passar do tempo.

Em suma, vai depender do tipo de dengue contraída, as áreas do corpo afetadas, a gravidade, a condição de saúde e a resposta imunológica individual.

A probabilidade de desenvolver a forma grave da doença, que pode resultar em sequelas permanentes, é maior em grupos de risco, que devem ter cuidado extra na prevenção da doença e, em caso de infecção, buscar logo assistência médica.

São eles:

  • Pessoas com comorbidades,
  • Crianças menores de 2 anos,
  • Idosos,
  • Grávidas e mulheres que deram à luz recentemente.

Fontes: Bernardo Montesanti, infectologista do Serviço de Epidemiologia do CHC-UFPR (Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná); Gilberto Berguio, sanitarista e professor da Escola de Medicina da PUC-PR; Fabiano Guimarães, médico de família e comunidade da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (MG).

*Com informações de reportagem publicada em 12/08/2022, 26/05/2022, 06/02/2024

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