Dor no sexo é sinal de alerta; entenda a endometriose em 5 pontos

Sentir dor durante o sexo pode ser um alerta de que algo está errado. Algumas mulheres sentem no momento de intimidade um certo desconforto. E ao procurar o ginecologista descobrem que estão com endometriose. Até famosas como Giovanna Ewbank já afirmaram ter passado por isso.

No Brasil, mais de seis milhões de mulheres são diagnosticadas com a doença por ano. E a busca pelo ginecologista acontece após relatos de intensas cólicas menstruais, dificuldade para engravidar, dor na barriga e dor durante o sexo.

O que é a endometriose?

Durante a menstruação, o tecido do endométrio (camada interna do útero) cai para fora do órgão. Contudo, em quem tem endometriose, esse material menstrual se instala em outros lugares (ovário, tuba uterina, cavidade abdominal e outras partes do corpo, como intestino). Isso causa uma reação inflamatória e, como os implantes são vascularizados, causam muita dor.

Por que algumas mulheres desenvolvem a doença e outras não?

Sabe-se que existe um fator imunológico e outro genético, mas ninguém ainda descobriu quais são eles. Portanto, a doença se apresenta de formas diferentes em cada mulher, podendo ser mais ou menos agressiva.

Ela também é vista como a doença da mulher moderna, que adquiriu várias funções e aumentou muito sua taxa de estresse -diretamente envolvido com a imunidade.

Quais os sintomas?

A endometriose é uma das doenças mais caracterizadas por dor pélvica crônica (período maior que seis meses). A mais comum é a cólica menstrual mais intensa do que o normal. Mas também são relatadas dores pélvicas generalizadas, incômodos fortes ao evacuar e ao ter relações sexuais, inchaço abdominal, dificuldade para engravidar. Contudo, como os sintomas geralmente se manifestam na pelve, é difícil apontar onde dói especificamente. A doença pode até ser assintomática em alguns casos, com a mulher descobrindo o problema em exames de rotina.

Como é feito o diagnóstico?

O médico vai perceber desde sintomas gerais como histórico familiar (principalmente mãe ou irmã), exames laboratoriais (marcador tumoral) e principalmente ressonância ou ultrassom. Entretanto, os exames radiológicos apenas sugerem a existência da doença, mas não confirmam o caso. O diagnóstico definitivo é a videolaparoscopia (pequena cirurgia que ajuda o médico a enxergar os locais afetados).

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Como tratar?

Em casos pequenos, em que há uma pequena lesão e pouca alteração, são indicados medicamentos que melhoram a qualidade de vida da mulher, como anti-inflamatório, analgésico e anticoncepcionais hormonais, que interrompem o ciclo menstrual de forma continua.

Em casos mais graves, a cirurgia é mais indicada, pois retira os focos da doença.

É bom ressaltar também que, a endometriose não tem cura, mas tem controle. Contudo, ela não deve ser vista como algo muito grave. Ela é uma doença benigna com comportamento maligno e pode ser facilmente controlada.

Fonte: Marcos Tcherniakovsky, ginecologista e diretor da Sociedade Brasileira de Endometria; Flávia Fairbanks, ginecologista da FemCare, especialista em endometriose pelo Hospital das Clínicas da FMUSP.

*Com informações de matéria publicada em dezembro de 2017

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