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Meu silicone pode romper, girar ou sair do lugar? O que pode causar isso?

Imagem: iStock

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

21/05/2024 04h00

Sim, pode acontecer. No caso do rompimento, apesar de bastante raro, isso acontece por vários motivos, como a qualidade do silicone, algum trauma, infecção no tecido próximo ao implante, reações inflamatórias e maior pressão na área do implante.

Inclusive, o silicone pode se romper de duas formas:

Intracapsular: quando paciente sente um pequeno endurecimento na mama, porém sem extravasamento do gel.

Extracapsular: quando o gel extravasa para o tecido da mama e pode ocorrer dor mais intensa e um endurecimento maior, o que leva a uma maior deformidade local.

Além disso, quando o silicone se rompe, a pessoa pode apresentar dor forte, calor local, inflamação ou mesmo infecção. Por isso, é extremamente importante procurar ajuda médica se apresentar qualquer um dos sintomas mencionados.

No dia a dia também é interessante tomar alguns cuidados, como:

Evitar traumas no local;

Fazer acompanhamento com exames de imagem cada 6 meses;

Fazer a troca ou remoção do silicone na presença de sinais e sintomas de ruptura.

Com relação a girar ou sair do lugar, isso acontece por conta da textura da cápsula externa que envolve o gel do silicone. Portanto, implantes com a superfície mais lisa ou não texturizada tendem a se mover mais. Já os silicones com revestimento microtexturizados e de poliuretano são os que menos saem da posição colocada.

Caso o implante gire ou saia do lugar, o que se observa de imediato é uma mudança na forma da mama. Algumas vezes o paciente não tem outro sintoma. Essa mudança de posicionamento do implante faz com que a pessoa veja no espelho duas mamas diferentes e assimétricas, diferente do que observava antes do problema. O lado positivo é que esse deslocamento não provoca riscos à saúde. Mas o ideal, claro, é buscar ajuda médica.

Ainda assim, é importante evitar pressão local e fazer acompanhamento frequente com exame de ultrassonografia a cada seis meses.

Fontes: Jose Valber Lima Meneses, cirurgião plástico e coordenador do serviço de feridas do HUPES-UFBA (Hospital Universitário Prof. Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia), ligado à Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Mayara de Castro Nogueira, cirurgiã plástica, responsável pelo núcleo de cirurgia corporal da Clínica Facialteam Brasil, em São Paulo; Wendell Uguetto, cirurgião plástico da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) e membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Quais são suas principais dúvidas sobre saúde do corpo e da mente? Mande um email para pergunteaovivabem@uol.com.br. Toda semana, os melhores especialistas respondem aqui no VivaBem.

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