Mari vs Mari: Como reconhecer o transtorno de estresse pós-traumático?
Sofrer ou testemunhar uma tragédia grave como as enchentes no Rio Grande do Sul pode ser um desencadeador do chamado TEPT (transtorno de estresse pós-traumático), que inclui sintomas como flashbacks do evento ocorrido, irritação e insônia. O assunto é tema desta quarta-feira (22) do quadro 'Mari vs Mari', nas redes sociais de VivaBem.
O diagnóstico de TEPT acontece quando os sintomas persistem por mais de um mês após a situação que gerou o trauma, podendo surgir até seis meses depois do ocorrido. Mas, afinal, o que é um trauma?
A jornalista e palestrante em saúde mental Mariana Ferrão cita a frase do livro "O corpo guarda as marcas", de Bessel Van Der Kolk, para definir a situação: "O trauma não é apenas algo que aconteceu no passado, mas, sim, uma marca deixada no corpo, no cérebro e na mente de alguém, e essa marca muda radicalmente o jeito que a gente enxerga a vida, porque traz uma interrupção brutal da rotina".
Ferrão conversou com a psiquiatra especializada em TEPT Luciana Siqueira, do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, para tirar todas as dúvidas sobre o transtorno. Veja abaixo:
Quais são os sintomas do TEPT?
- Flashbacks do evento traumático, como pesadelos e pensamentos intrusivos;
- Alterações bruscas de comportamento, incluindo irritação, pensamentos negativos e alto nível de estresse;
- Reações fisiológicas, como coração acelerado, tremor, falta de foco e concentração, e dor de cabeça intensa.
Todo mundo que passa por um trauma desenvolve TEPT?
Como funciona o tratamento?
O tratamento do transtorno pode envolver acompanhamento com psiquiatra e psicólogo. O uso de medicamentos também pode ser necessário para amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Ao contrário do que acreditam algumas pessoas, porém, o uso de calmantes não é a abordagem mais adequada para tratar pessoas com TEPT.
Esse é um alerta importante: o que os especialistas dizem é que sedativos e calmantes, especialmente no começo [do quadro], podem piorar muito o quadro, ainda mais se forem usados sem supervisão médica. Mariana Ferrão
Assista ao episódio na íntegra no topo da página ou abaixo:
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