Não é só tremor: doença de Parkinson, que afeta Dussek, tem outros sintomas

O ator e cantor Eduardo Dussek comentou sobre seu diagnóstico de Parkinson durante participação no programa Altas Horas deste sábado (25). Ao perguntar ao médico quais são os sintomas da doença, ouviu que eram tremor e rigidez.

"E eu disse: 'Bom, pelo menos facilita a masturbação'. Tem uma coisa boa!", brincou.

Mas esses são apenas dois —e mais conhecidos— dos variados sintomas da doença de Parkinson. Além dos impactos motores, há implicações na saúde mental e problemas gastrointestinais.

Tremor não ocorre sempre

Os sintomas variam de pessoa a pessoa e podem levar anos para se manifestarem. Embora o tremor seja popularmente associado à doença, alguns indivíduos não apresentam esse sintoma, mesmo com a evolução da doença.

Outras possíveis manifestações do Parkinson são:

Sintomas motores

  • Lentidão (bradicinesia)
  • Tremor (em repouso, especialmente nos braços e, por vezes, nas pernas)
  • Rigidez
  • Instabilidade postural
  • Redução do volume da voz
  • Problemas de equilíbrio e quedas
  • Dificuldade para engolir
  • Marcha de pequenos passos
  • Micrografia (redução do tamanho da letra)

Sintomas não motores

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  • Depressão
  • Ansiedade
  • Constipação
  • Hiposmia (perda do olfato)
  • Declínio cognitivo e demência
  • Hipotensão ortostática (queda da pressão decorrente da postura)
  • Dor
  • Alucinações e psicose
  • Distúrbios do sono
  • TCI (Transtorno do Controle dos Impulsos)
  • Problemas gastrointestinais
  • Disfunções sexuais e urinárias

Entenda a doença de Parkinson

Há uma estimativa de 200 mil pessoas com doença de Parkinson no Brasil. Ela decorre da morte acelerada de alguns neurônios específicos —os dopaminérgicos— que produzem o neurotransmissor dopamina, relacionado a ações motoras e não motoras.

A razão específica pela qual isso ocorre ainda não é totalmente conhecida. Até o momento, sabe-se que a enfermidade aparece como consequência da combinação de fatores genéticos e ambientais.

Ainda não há cura, mas há tratamento. Por enquanto, não tem como reverter a doença ou controlar seu avanço. O objetivo do tratamento é reduzir sintomas e efeitos colaterais para garantir o máximo de funcionalidade à pessoa com a doença.

Estratégias são interdisciplinares. O tratamento inclui atividade física, uso de medicamentos, fisioterapia e até cirurgia.

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Cirurgia no cérebro. Dos brasileiros com Parkinson, 40% teriam indicação para a cirurgia de estimulação cerebral profunda (DBS, na sigla em inglês), procedimento que insere eletrodos em pontos específicos do cérebro para amenizar os sintomas. Saiba mais aqui.

*Com informações de reportagens publicadas em 10/08/2021

18 comentários

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Mário Augusto Ferreira de Andrade

Tenho Parkinson diagnosticado em 2008. Procuro encarar a vida numa boa sei que não há cura. Falei para minha esposa que quando os tremores aumentarem me compre um pandeiro grande que quero ficar na sacada de casa e o pessoal vai pensando que eu estou cantando um samba.Aprendi a dar mais valor a familia e sei que a qualquer momento posso fazer a  grande viagem. Finalmente,acho que o Alzaimer é melhor que o Parkinson,pois é preferivel esquecer de pagar a conta, do que derramar o copo de cerveja nos amigos. Kkkkkkkkkkkkkk

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Mauro Pisaneschi Azevedo

Olá pessoal, boa noite. Meu pai foi diagnosticado em 2007 aos 72 anos. O primeiro desafio foi encontrar a dosagem correta da medicação. Começou com Pramipexol e Levodopa que teve um bom efeito e com o tempo ficou só com Levodopa. Viveu muito bem, tinha poucos tremores mas a partir de 2022 começou a caminhar com mais dificuldade até que teve uma queda que provocou um hematoma subdural e está de cama há quase dois anos. Hoje ele está com 89 anos acamado. Ele viveu bem, mesmo com o parkinson. O importante é não perder o gosto pela vida e fazer tudo que tiver vontade, claro respeitando limites. Desejo a todos que foram diagnosticados tenham uma boa vida. 

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Celso Gomes Caldeira

Ontem o Duzek deu uma lição de vida tratando com humor as mazelas da vida. Comigo basta uma dorzinha para ficar ranzinza. Vou proveitar a lição, espero.

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