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O que é infarto fulminante, que matou Arthur Virgílio Bisneto aos 44 anos

O ex-deputado Arthur Virgílio Bisneto Imagem: Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados

De VivaBem, em São Paulo*

30/05/2024 16h12

O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Arthur Virgílio Neto revelou a causa da morte do filho, o ex-deputado federal Arthur Virgílio Bisneto (PL), que morreu na terça-feira (28).

Bisneto morreu aos 44 anos "após sofrer um infarto fulminante", disse seu pai durante o sepultamento que ocorreu nesta quarta-feira (29).

Após o enterro que aconteceu no cemitério São João Batista, em Manaus, Arthur Virgílio Neto disse que um mal súbito matou o filho.

"Infelizmente foi assim, um infarto fulminante. Fico muito triste, de minha parte é só dor", afirmou. "Eu tinha que estar no lugar dele, e ele tinha que estar aqui fora, por uma ordem natural das coisas. Não quero questionar os desígnios de Deus não, mas eu, o mais velho, tem que ser enterrado pelos mais novos", completou o ex-prefeito de Manaus.

O infarto é considerado a morte um certo segmento do músculo cardíaco, em geral causada porque o sangue não chega à região devido ao entupimento de artérias coronárias.

"Nem sempre um infarto é fulminante, ao contrário, muitas pessoas têm um histórico de três, quatro, cinco infartos, exatamente pelo fato de você ter a possibilidade de o infarto se restringir a pequenas áreas do coração", diz o cardiologista Edmo Gabriel, colunista de VivaBem.

A morte do tecido cardíaco provocada por falta de oxigênio, pode ter três desfechos:

  1. A pessoa vai a óbito instantaneamente;
  2. O paciente vai para o hospital e é atendido, mas os médicos não conseguirem reverter o quadro e a morte ocorre em até 24 horas após o evento;
  3. A pessoa é tratada e sobrevive.

O termo "infarto fulminante" é considerado um termo leigo para se referir ao primeiro e ao segundo casos. Entre os profissionais da saúde, o termo mais utilizado é 'morte súbita', conceito que engloba a morte em até um dia não precedida de sintomas.

A morte súbita é uma parada cardíaca que acontece de repente, até uma hora os primeiros sintomas ou 24 horas depois da última vez que a pessoa foi vista no exercício de suas atividades.

Em 80% dos casos, o mal súbito está relaciona a doenças cardiológicas, como obstrução das artérias, e neurológicas, como convulsões e AVC.

Por que mais jovens infartam?

Embora as doenças cardiovasculares sejam mais frequentes em pessoas acima dos 50 anos, houve um aumento de 59% nos casos de infarto em pessoas com menos de 40 anos, entre 2010 e 2019, segundo o Ministério da Saúde.

Nessa população mais jovem, as mulheres são mais propensas a morrer após um ataque cardíaco do que os homens, conforme a Federação Mundial do Coração.

Questões genéticas e congênitas são fatores de risco para doenças do coração, mas elas são incomuns e não explicam o aumento de casos entre a população jovem brasileira.

O que mais se associa ao cenário é o estilo de vida pouco saudável que as pessoas vêm adotando nas últimas décadas, que levam a condições de risco para problemas cardiovasculares, como:

  • Má alimentação;
  • Sedentarismo;
  • Diabetes;
  • Hipertensão;
  • Tabagismo;
  • Obesidade.

Fatores de risco

Tabagismo, diabetes, hipertensão, colesterol elevado, sedentarismo, estresse e obesidade são os principais fatores de risco do infarto. Quanto mais fatores uma pessoa tiver, maior será a probabilidade de ela infartar.

Outro risco é a hereditariedade: o maior número de casos ocorre em adultos acima dos 45 anos com histórico familiar de infarto (pai, mãe ou irmão).

* Com informações de reportagens publicadas em 08/10/2019 e 09/11/2023

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