Salmão, alho e mais: o que você deve comer para a saúde do coração?

De acordo com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), as doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo. Um relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) já apontou a doença cardíaca isquêmica, um tipo de cardiopatia, como uma das principais causas de morte no mundo. Culpa, muitas vezes, de hábitos que adquirimos ao longo da vida e nos deixam com a pressão arterial alta, diabetes, peso e circunferência abdominal acima do indicado, entre outros fatores. Uma alimentação saudável, no entanto, tem o poder de ajudar na hora de virar esse jogo.

Coloque no cardápio

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Imagem: Ferñando Prado/Unsplash

Alho

Além de ótimo para reduzir o uso do sal na comida, já que dá um gostinho ao alimento, uma pesquisa brasileira descobriu que um composto ativo do alho, chamado alicina, pode reduzir o colesterol e diminuir os riscos de infarto agudo no miocárdio. Basta consumir no máximo dez gramas ao dia, cerca de três dentes grandes, ou até seis gramas na versão em pó.

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Imagem: Déia Machado

Azeite

Possui substâncias antioxidantes que diminuem a síntese do LDL, responsável pelo acúmulo de gordura nas paredes das artérias do coração. A versão extravirgem contém menor acidez, mantendo assim seus nutrientes íntegros por não passar por refinamento químico. Faz bem, mas use com moderação (até duas colheres de sopa por dia).

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Imagem: Reprodução/UOL

Vinho

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Possui polifenóis, como o resveratrol, que protegem o coração e impedem a formação de placas de gordura nas artérias e vasos sanguíneos, além de melhorar a elasticidade das veias e a circulação. Sua concentração varia em cada tipo de vinho. Se não tiver contraindicação ao consumo de álcool, tome de forma regular e moderada (até 200ml/dia), sempre nas refeições.

Suco de uva integral

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Além do resveratrol, a versão integral possui arginina, aminoácido responsável por melhorar a circulação sanguínea, com benefícios para quem sofre de pressão arterial alta e doenças cardíacas. Apenas cheque se é realmente natural, pois versões em néctar ou em caixinha têm mais açúcar. Consuma diariamente, mas sem extrapolar por conta das calorias.

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Acerola

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Fonte de vitamina C, a frutinha é eficaz por conta da concentração de ácido ascórbico presente nela, um ótimo agente protetor do coração por suas propriedades antioxidantes, que estimulam o corpo a produzir óxido nítrico, potente vasodilatador. O que auxilia no controle da pressão arterial e previne doenças como derrame e aterosclerose.

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Chocolate amargo

Contêm flavonoides, que atuam como antioxidantes e são capazes de neutralizar os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento celular e que podem dar origem a problemas cardiovasculares. Flavonoides ainda são relacionados à redução do mau (LDL) e aumento do bom colesterol (HDL). Ainda não se descobriu a quantidade benéfica certa, mas o recomendado são até 30 gramas diárias.

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Salmão

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O ômega-3, presente na espécie, e também encontrado no atum ou sardinha, é fundamental para a saúde cardiovascular. Ele é um tipo de gordura, um ácido graxo que não é produzido pelo organismo, anti-inflamatório que ajuda a manter as artérias saudáveis e o sistema circulatório normal. Chia e a semente de linhaça também são boas fontes de ômega-3.

Tire do cardápio

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Frituras

É rica em gordura trans, criada pela indústria alimentícia, mas perigosa para os vasos sanguíneos por causar entupimento das artérias, que podem levar ao infarto no decorrer do tempo. O ideal é optar por assados ou, melhor ainda, por alimentos mais naturais, frescos. Por conta da gordura trans, também é bom evitar alimentos condimentados e processados.

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Margarina

Algumas opções disponíveis no mercado não levam gordura trans. Esses produtos costumam ser mais caros, mais cremosos e podem ter até um selo de aprovação da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia). No entanto, a manteiga, por ser produzida de forma natural, é a melhor opção, mas sem exageros. O indicado é apenas uma colher de chá por dia.

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Sorvete

Apesar de ser uma delícia, a versão industrializada possui altos índices de açúcar e gorduras trans, além de corantes e aromatizantes artificiais. Isso leva ao aumento do LDL (colesterol ruim) e diminui o bom (HDL). Se você não dispensa, a sugestão é se refrescar com picolés naturais de frutas ou até mesmo um açaí que, apesar de calórico, é mais nutritivo.

Fontes: João Vicente da Silveira, médico assistente da unidade de hipertensão do Incor; Augusto Scalabrini Neto, cardiologista do Hospital Sírio Libanês; Marcelo Sobral, cirurgião cardíaco da Beneficência Portuguesa de São Paulo; Henrique Gontijo, diretor na Vita Cuore; Marisa Coutinho, gerente de nutrição do Grupo Santa Joana.

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*Com informações da matéria de fevereiro de 2018

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