'Medo de cair de cabeça': repórter faz aula que mistura circo e tecido
"Vou cair e quebrar o pescoço." Foi com esse pensamento que fui fazer uma aula teste de balé fly, uma mistura de balé com movimentos de circo e acrobacia em tecido. Encarei o desafio sem ter nenhuma habilidade ou força —e deu certo.
No estúdio, a aula para iniciantes é feita em uma sala mais baixa —os alunos que já estão no avançado se arriscam com um pé direito mais alto. E para as aventuras voadoras existem dois tipos de tecidos: os lisos acrobáticos e o columpio, que funciona como um balanço.
"Desenvolvi esse método há oito anos. Os tecidos são os mesmos usados nas aulas de circo, mas os movimentos são inspirados no pilates e no balé, de maneira a deixá-los mais acessíveis para quem é iniciante", explica Letícia Marchetto, criadora da modalidade.
Com alunos de todas as idades —uma delas com 72 anos e que já faz aulas há quatro—, Marchetto garante que qualquer um pode fazer a modalidade. "Meu grande público começa aos 20 anos e existem grandes benefícios. O corpo fica mais forte, tanto nos braços, quanto nas costas, abdome e pernas. Há também aumento da flexibilidade", explica.
Leandro Friedrich, profissional de educação física, bailarino e professor da academia BodyTech, concorda com os benefícios. "Melhora o equilíbrio. O balé tem a barra fixa de apoio, nessa modalidade, o tecido se mexe e você acaba usando o sustento dos músculos abdominais para se manter reta e no movimento", explica.
Ele também destaca que há uma melhora na consciência corporal e reforça: dançar faz bem para várias áreas do corpo.
Como é a aula
Com duração de uma hora, começamos fazendo movimentos de funcional usando o tecido como apoio, como alongamento e agachamentos. Às vezes, ficamos na ponta do pé e em outras tentamos nos equilibrar em poses. Mas é bem tranquilo, até para os sedentários.
Antes de conseguirmos nos equilibrar no tecido, vamos fazendo os movimentos por etapas: sentar, segurar, virar, cruzar. Sempre com a atenção completa da professora, para evitar lesões.
O medo do começo passou rápido e com 20 minutos de aula eu já estava me sentindo uma acrobata —fazendo minha primeira virada de ponta-cabeça. Não vou mentir, a sensação, na primeira vez, é de que vamos cair de cabeça no chão, mas logo dá para perceber que, se os tecidos estiverem no local certo, é quase impossível que isso aconteça.
Depois de tentarmos poses sentadas, a aula evolui para poses em pé. Sempre com calma, é fácil aprender os movimentos e se arriscar. No fim da aula, consegui fazer quatro tipos de acrobacia diferentes —e era minha primeira vez.
Enquanto você se diverte, nem parece que está fazendo exercícios, mas no final da aula, você está suada, esgotada e com a sensação de que fez um treino completo.
@uol "Vou cair e quebrar o pescoço". Foi com esse pensamento que a repórter @arafaelapolofoi fazer uma aula teste de ballet fly, uma mistura de balé com movimentos de circo e acrobacia em tecido. Ela encarou o desafio sem ter nenhuma habilidade ou força (e deu certo!) No estúdio da professora Letícia Marchetto, criadora da modalidade, a aula para iniciantes é feita em uma sala mais baixa —os alunos que já estão no avançado se arriscam com um pé direito mais alto. E para as aventuras voadoras existem dois tipos de tecidos: os lisos acrobáticos e o columpio, que funciona como um balanço. Durante a aula, é preciso força, alongamento e concentração. Confira como foi no vídeo! Leia a reportagem completa em VivaBem #UOL #VivaBem_UOL #VivaBem #Saúde #BalletFly #Alongamento #Circo ♬ som original - uol
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