Como é a cirurgia feita por Ary Fontoura para 'recuperar visão'?

Ary Fontoura, 91, passou por uma cirurgia de catarata e compartilhou uma atualização sobre sua recuperação neste sábado (8).

O ator informou que o procedimento foi bem-sucedido e agradeceu seus seguidores nos stories do Instagram: "Deu tudo certo! Obrigado por todas as orações. Vocês são lindos demais".

Mas quando a cirurgia da catarata é recomendada e como funciona esse procedimento? VivaBem explica a seguir. Confira.

O que é catarata, doença que afetou Ary Fontoura?

Você já precisou olhar entre as lentes sujas de um óculo? As imagens ficam embaçadas e tudo parecesse nebuloso e sem cor. Essa descrição é a visão de pessoas com catarata

Essa condição é definida pela perda de transparência do cristalino, a lente natural do olho.

Quando o cristalino se torna opaco, a quantidade e a qualidade da visão diminuem.

A catarata é a principal causa de cegueira tratável no mundo e afeta homens, mulheres, crianças e idosos igualmente, embora seja mais comum nos idosos.

Ela pode afetar ambos os olhos ou apenas um, progredindo gradualmente, com "amadurecimento" geralmente após os 40 ou 50 anos.

Continua após a publicidade

Dos 60 aos 69 anos, 70% das pessoas terão catarata.

Como é o tratamento da catarata?

O tratamento da catarata é cirúrgico - e essa é a única solução para recuperar a visão de forma eficiente.

A cirurgia promove a troca do cristalino opaco por uma lente intraocular. A cirurgia, chamada facectomia, pode usar lentes monofocais ou multifocais. Quando a catarata é bilateral, a cirurgia é feita em duas etapas.

A técnica mais utilizada é a facoemulsificação, que requer anestesia local e fragmenta o cristalino em várias partes, aspiradas através de um pequeno corte na córnea.

Causas da catarata

A causa mais comum da catarata é o envelhecimento, mas outras condições incluem:

Continua após a publicidade
  • Infecções durante a gravidez (rubéola, toxoplasmose, desnutrição)
  • Traumas (choques elétricos, pancadas, exposição a radiação ultravioleta)
  • Uso de medicamentos (corticoides, anticolinesterásicos)
  • Doenças (dermatite atópica, diabetes, inflamação crônica do olho)

Sintomas da catarata

Segundo Pérola Grupenmacher Iankilevich, oftalmologista da Escola de Medicina da PUC-PR, o principal sintoma da catarata é a perda gradual da visão. A AAO (Academia Americana de Oftalmologia) indica os seguintes sinais:

  • Visão embaçada
  • Visão dupla
  • Sensibilidade à luz
  • Problemas para enxergar à noite
  • Necessidade de mais luz para ler
  • Cores desbotadas ou amareladas

Quem deve ficar atento aos sinais?

A catarata acomete ambos os sexos igualmente, mas alguns fatores de risco podem desencadear ou acelerar seu aparecimento:

Continua após a publicidade
  • Histórico familiar de catarata
  • Uso continuado de corticoides
  • Exposição solar excessiva sem proteção UV
  • Tabagismo
  • Trauma ocular
  • Inflamações repetitivas intraoculares

Quando procurar ajuda?

A catarata não é um tumor que necessita de intervenção imediata. Glauco Henrique Reggiani Mello, da UFPR, afirma que a cirurgia é eletiva e depende do impacto na vida do paciente. Adiar a visita ao médico por muitos anos pode tornar a correção mais difícil.

Como é feito o diagnóstico da catarata?

O diagnóstico é clínico, baseado na queixa do paciente, histórico de saúde e exame ocular completo, incluindo a dilatação da pupila. O exame avalia a acuidade visual, condições da córnea, íris e outras áreas do olho, e também investiga outras alterações como glaucoma, diabetes ou degeneração macular.

Podem existir complicações na cirurgia de catarata?

José Beniz Neto, presidente do CBO, garante que a cirurgia da catarata é uma das mais seguras, com complicações raras graças aos avanços da medicina e das técnicas utilizadas. A maioria dos pacientes tem excelentes resultados, especialmente quando seguem as orientações médicas do pós-operatório.

Continua após a publicidade

Tem como prevenir a catarata?

Embora não seja possível prevenir a catarata, algumas medidas podem reduzir os fatores de risco:

  • Consulte um oftalmologista a cada 12 meses
  • Controle a saúde, especialmente em caso de diabetes
  • Evite fumar
  • Use óculos de sol com proteção UV
  • Mantenha uma dieta saudável
  • Evite automedicar-se com colírios ou medicamentos à base de corticoides

*Com informações de matéria publicada em 06/04/2021.

Deixe seu comentário

Só para assinantes