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'Dois lados da maldade': saiba a diferença entre sociopata e psicopata

Imagem: iStock

Colaboração para VivaBem*

08/06/2024 04h00

Uma pessoa nasce maldosa ou se torna cruel ao longo da vida? Segundo a psicologia e a psiquiatria, a maldade pode ser fruto de vários fatores que vão de transtorno de personalidade às vivências sofridas na infância.

Quando é um transtorno mental, o mais relacionado à maldade é o TPA, ou transtorno de personalidade antissocial, espectro que engloba a sociopatia e a psicopatia, embora existam outros relacionados à "personalidade má" ou a algumas atitudes violentas ocasionais.

O sociopata

É caracterizado por um padrão recorrente de comportamentos desviantes e falta de empatia.

Os elementos mais marcantes são o desprezo pelas normas e regras sociais e uma completa falta de remorso —os sociopatas não são fisiologicamente capazes de sentir os instintos ou reações que a maioria de nós tem.

Todas as suas emoções são extremamente superficiais. E então você junta isso com narcisismo. Isso torna a pessoa extremamente desagradável a maior parte do tempo.

O psicopata

Além das características do sociopata, necessita adotar um comportamento criminal recidivo ou ter potencial para isso.

Quem tem o diagnóstico de psicopata ou sociopata dificilmente demonstra remorso em suas ações e o poder de manipulação, típico do quadro de TPA, se sobressai.

Segundo o DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), os critérios para esse transtorno são:

  • indivíduo com mais de 18 anos que apresenta características como repetidamente quebrar lei ou normas sociais;
  • ser impulsivo e/ou incapaz de traçar um planejamento realista a longo prazo;
  • ser facilmente irritável ou apresentar agressividade;
  • apresentar total indiferença para com sua segurança ou de outrem;
  • ter falta de remorso severa.

Fatores envolvidos

Características biológicas inatas do indivíduo.

Condições socioeconômicas desfavoráveis.

Questões ambientais adversas (traumas, violência e negligência, principalmente nos primeiros anos de vida) são de grande relevância para causa do transtorno.

Mas há tratamento?

Os sintomas, como agressividade exacerbada, podem ser controlados através do uso de estabilizadores de humor e antidepressivos prescritos por médicos, principalmente psiquiatras.

No âmbito da psicologia, uma das abordagens que vem se destacando no tratamento é a terapia cognitivo-comportamental, ou TCC, que pode auxiliar no controle de agressividade e de impulsividade, por exemplo. No entanto, o efeito do tratamento é pontual e de curto prazo, não um "transformador" da personalidade.

*Com informações de reportagem publicada em 19/05/2022 e 01/11/2018

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