Uma corrida pela Sé, Ibira, USP: conheça o percurso da ON SP City Marathon

A ON SP City Marathon, que este ano será realizada em 28 de julho, chega a sua oitava edição consolidada como uma das principais maratonas do país.

Com distâncias de 42 km e 21 km, a prova tem como um dos principais atrativos seu percurso, que passa por importantes pontos turísticos da capital paulista e é uma verdadeira imersão pela história e pela cultura da cidade. Uma oportunidade única para paulistanos e turistas verem a metrópole por um ângulo diferente, correndo a pé por lugres que no dia a dia são dominados pelo trânsito caótico.

A seguir, mostramos os principais destaques do trajeto da corrida, que está com inscrições abertas e no ano passado reuniu mais de 12 mil atletas.

Templo do esporte

Imagem
Imagem: Divulgação/Iguana Sports

A largada é em frente ao histórico Estádio do Pacaembu, hoje rebatizado de Mercado Livre Arena Pacaembu. A construção, que recebeu jogos da Copa do Mundo de 1950 e de final de Copa Libertadores da América, é tombada pelo patrimônio histórico e abriga o Museu do Futebol, com inúmeras peças importantes do esporte mais amado do país.

Os corredores partem da zona oeste de São Paulo em direção ao centro antigo. Para isso, pegam o Elevado Presidente João Goulart —popularmente conhecido como Minhocão—, outra construção famosa da cidade.

Ipiranga x São João

Já no centro, após percorrem pouco mais de 5 km, os atletas passam pelo cruzamento mais famoso da capital, imortalizado na música Sampa, de Caetano Veloso: "Alguma coisa acontece no meu coração. Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João".

Continua após a publicidade

Em frente ao histórico Bar Brahma, a organização da On SP City Marathon oferece uma apresentação dos Trovadores Urbanos, que tocam serenata durante a corrida para motivar os atletas —ao longo de percurso há outras atrações, como apresentação de um cover do Elvis Presley, grupo de cordas, DJ, grupo de MPB, taiko, banda de rock.

No trecho do Theatro Municipal, um grupo de cordas se apresenta para os corredores
No trecho do Theatro Municipal, um grupo de cordas se apresenta para os corredores Imagem: Divulgação/Iguana Sports

Na região do centro, os atletas ainda passam pela Praça da República, pelo Edifício Itália, pelo Copan, pela Galeria do Rock, pelo Theatro Municipal, Viaduto do Chá, Largo São Francisco e pela Praça da Sé, marco zero da cidade.

Nessa região há várias ruas íngremes e muitas viradas, que exigem atenção dos corredores. "A sugestão é poupar as pernas nessa parte e tentar tangenciar ao máximo possível as curvas, para evitar correr mais do que a distância da prova em si", sugere o treinador Rodrigo Lobo, formado em educação física pela USP.

23 de Maio: o caminho até o Ibirapuera

Saindo do centro, os atletas pegam a avenida 23 de Maio, que cruza bairros históricos como a Liberdade, a Bela Vista e o Paraíso, onde começa a Avenida Paulista (o percurso não passa por ela).

Continua após a publicidade

A prova é uma boa oportunidade de correr nessa avenida expressa que não tem espaço para pedestres e no dia a dia é dominada por carros e motos. Mas prepare as pernas!

"Na 23 de Maio temos quase dois quilômetros de subida, então é um período da prova crítico, em que é preciso saber dosar o ritmo e a intensidade e ajustar técnica: aumentar um pouquinho a cadência dos passos e controlar a frequência cardíaca", indica Lobo.

Imagem
Imagem: Divulgação/Iguana Sports

Depois da subida, vem um refresco. Ainda na 23 de Maio, os corredores descem até o Ibirapuera, vendo no horizonte o Obelisco, com seus 72 metros de altura. "É um trecho bem gostoso de correr, mas também requer atenção especial para a perna não ser sobrecarregada e depois ficar pesada para o restante da prova", alerta o treinador.

Passagem pelo Ibira rumo ao Jockey

Projetado por Oscar Niemeyer para o quarto centenário de São Paulo, o complexo do Parque Ibirapuera tem 1,5 milhão de metros quadrados e é o principal reduto dos corredores paulistanos. Além do Obelisco, os atletas vão passar pelo Monumento às Bandeiras, conhecido como "empurra-empurra", uma obra que celebra as muitas etnias que construíram a cidade.

Continua após a publicidade
A paisagem do percurso é diversa. Ao longo dos 42 km, os atletas podem ver construções históricas, parques, monumentos e construções modernas, como os prédios da Avenida Juscelino Kubitscheck
A paisagem do percurso é diversa. Ao longo dos 42 km, os atletas podem ver construções históricas, parques, monumentos e construções modernas, como os prédios da Avenida Juscelino Kubitscheck Imagem: Divulgação/Iguana Sports

A corrida então chega à Avenida Juscelino Kubitschek, que cruza a Avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo. Aí vem o segundo ponto de atenção. Os atletas entram em um túnel, onde muitas pessoas não se sentem tão confortáveis, por causa da falta de luz natural, da pouca ventilação e do calor.

"Mas nós vamos colocar ali uma série de ventiladores para refrescar o túnel e o ar circular melhor. Além disso, vai ter um DJ e iluminação [de festa], para o pessoal se entreter", explica Paulo Carelli, diretor da prova e COO da Iguana Sports, empresa que organiza a ON SP City Marathon.

Jockey Club e Cidade Universitária da USP

Saindo do túnel há uma subida dura e os atletas chegam ao Jockey Club, na zona oeste da cidade. Para quem está correndo a meia maratona, basta fazer o retorno e entrar no Jockey para cruzar a linha de chegada e celebrar sua conquista. Mas para a galera dos 42 km é apenas a metade do trajeto e ainda há uma boa pernada pela frente: o trajeto segue então pelo bairro do Butantã, onde está o Instituto Butantan, um destacado centro de pesquisa científica, e outro reduto muito conhecido do corredor paulistano, a Cidade Universitária da USP.

Mas, antes de entrarem na USP, os atletas atravessam a Marginal Pinheiros e correm pela Praça Panamericana e a Avenida Pedroso de Moraes, em Pinheiros. A boa notícia é que esse trecho da prova, entre os quilômetros 24 e 31, é totalmente plano. Na Pedroso, os atletas vão até a entrada do Parque Villa Lobos —outro importante ponto turístico importante, que abriga a roda-gigante com 91 metros de altura— e voltam para cruzar novamente a Marginal e entrar na USP.

Continua após a publicidade
A USP recebe a parte final da prova
A USP recebe a parte final da prova Imagem: Divulgação/Iguana Sports

As ruas da Cidade Universitária são o local de treino favorito de muitos corredores no final de semana, onde os paulistanos fazem seus longões. O trecho é bem arborizado e oferece muita sombra.

Mas nas ruas da USP geralmente não há presença de público e, para alguns atletas, a corrida ali fica monótona. Isso exige muita concentração para manter a motivação e foco do quilômetro 32 ao 39, um dos momentos mais críticos da maratona, quando aumenta o cansaço.

Os três últimos quilômetros, já fora da USP, seguem em direção ao Jockey. A entrada no local é emocionante: os atletas percorrem um trecho com arquibancada, no qual o incentivo do público, a música da arena e as falas do locutor empurram os corredores no sprint final até a linha da chegada, onde suor, lágrimas, sorrisos, abraços e muita emoção se misturam.

:: SERVIÇO

  • ON SP City Marathon e ON SP City Half Marathon
  • Data: 28 de julho de 2024
  • Horário da largada: a partir das 5h45
  • Percursos: 21 km e 42 km
  • Largada: Praça Charles Muller (Mercado Livre Arena Pacaembu)
  • Chegada: Jockey Club de São Paulo
  • Inscrições: iguanasports.com.br

Deixe seu comentário

Só para assinantes