Ana Clara revela diagnóstico de colite; o que é e como tratar a doença?

A apresentadora Ana Clara Lima, 27, contou que estava sumida das redes sociais devido ao diagnóstico de colite, uma doença inflamatória que afeta o intestino grosso.

A ex-BBB tranquilizou os fãs, dizendo que está em tratamento. "Tô tomando os remédios e sendo uma completa ameba pra descansar meu corpo, porque eu não estava conseguindo dormir", disse.

Ana Clara Lima é diagnosticada com colite
Ana Clara Lima é diagnosticada com colite Imagem: Reprodução/Instagram

O que é colite

A colite é uma reação inflamatória no cólon, geralmente autoimune ou infecciosa. Quando crônica, ela é uma das chamadas DIIs (doenças inflamatórias intestinais), consistem em infecções em diversas partes do intestino.

Geralmente, os sintomas da doença são:

  • Diarreia líquida e constante
  • Dor abdominal
  • Sangue nas fezes
  • Febre
  • Emagrecimento sem motivo
  • Aparente falta de apetite
  • Cansaço
  • Anemia desidratação

Normalmente, esses sintomas não se manifestam juntos, mas a diarreia e a cólica abdominal costumam aparecer na grande maioria dos casos.

De modo geral, pessoas que têm uma predisposição genética têm risco maior de desenvolver colite crônica. Por outro lado, não basta ter os genes da doença, é preciso que outros fatores sejam o gatilho.

Continua após a publicidade

Um estudo recente (2021) intitulado "Association of ultra-processed food intake with risk of Inflammatory bowel disease: prospective cohort study", analisando participantes inscritos de 2003 a 2016 (90 tinham doença de Crohn e 377 tinham colite ulcerativa), mostrou que uma maior ingestão de alimentos ultraprocessados está associada a um risco aumentado de doenças inflamatórias intestinais (DII).

A doença é diagnosticada depois do teste de urina ou colonoscopia.

Tratamento com imunobiológicos

Apesar de não existir cura para as doenças inflamatórias intestinais, os tratamentos são capazes de diminuir a atividade da disfunção, principalmente quando o diagnóstico é feito precocemente.

O arsenal farmacológico para o tratamento das DIIs inclui os derivados salicílicos (sulfassalazina e mesalazina); os imunossupressores, como azatioprina, 6-mercaptopurina e metotrexato; os corticosteroides —prednisona, hidrocortisona, metilprednisolona e budesonida— e os antibióticos.

Esse arsenal terapêutico, tido como convencional, não parece interferir na história natural da enfermidade, apesar de melhorar os sintomas de muitos pacientes.

Continua após a publicidade

Nos últimos 20 anos, os medicamentos biológicos revolucionaram o tratamento das DIIs, assim como de outras doenças autoimunes.

* Com informações de reportagem publicada em 02/08/2022 e 23/09/2022

Deixe seu comentário

Só para assinantes