'Pescoço tecnológico': uso de celular pode adicionar 27 kg à coluna
Um comportamento moderno tem influenciado bastante no envelhecimento da coluna cervical, atingindo precocemente sobretudo pessoas mais jovens. É a flexão do pescoço durante o uso dos smartphones e computadores, principalmente notebooks que têm telas mais baixas. Existe até um termo para isso, chamado "tech neck", ou "pescoço tecnológico", em português.
A cabeça pesa em média 5 kg. Uma inclinação de 60° do pescoço para olhar para o smartphone pode gerar um impacto de 27 kg sobre a coluna.
Tanto peso, somado ao movimento repetitivo da musculatura da região, faz com que os elementos posteriores fiquem sobrecarregados. O desfecho disso é o surgimento de hérnia de disco, que pode ser grave, além de dor nos ombros, nas costas e no pescoço (cervicalgia).
O hábito também faz aumentar a papada e predispõe linhas e vincos nessa região e que se aprofundam cada vez mais com o tempo. Por isso é importante manter uma postura o mais ereta possível diante das telas e diminuir o tempo ao celular, se você quer evitar esses problemas.
Como evitar problemas
Evite usar esses dispositivos para lazer por mais de quatro horas por dia.
Faça pausas a cada 40 minutos para alongar o corpo ou caminhar um pouco, para evitar lesões.
Use aplicativos que estimulam atividades físicas, assim você mantém bons hábitos sem ficar longe do celular.
Silencie o smartphone durante o trabalho ou os estudos.
Como administrar o tempo que ficamos conectados?
"A partir do momento que você percebe que está exagerando no uso da tecnologia, é interessante criar algumas 'regras' para si mesmo. Defina horários e um tempo limite para estar conectado, por exemplo", sugere José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching.
Não devemos esquecer que uma boa alimentação, rica em antioxidantes, também é fator importante não só para a pele do pescoço, mas para todo o corpo. Para saber qual o tratamento mais adequado, o indicado é consultar um dermatologista. Quanto à má postura e dores na coluna, vá a um ortopedista.
*Com informações de reportagens publicadas em 02/06/2024 e 21/07/2018
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