Câncer de pele: quais os tipos mais comuns e suas características?

O câncer de pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras manifestações benignas. De forma geral, são divididos em melanomas e não melanomas. O primeiro é o mais letal, mas representa a minoria dos casos de câncer de pele, cerca de 3% dos diagnósticos, de acordo com o Ministério da Saúde.

O não melanoma é o com maior incidência no Brasil: corresponde a 31,3% dos casos, de acordo com dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer). Ele se divide ainda em dois tipos, de acordo com o tecido em que se origina, sendo o carcinoma basocelular o mais comum deles. O segundo é o carcinoma espinocelular, que surge das células escamosas da pele e é mais comum em áreas expostas ao sol.

Rastreando sinais do câncer de pele

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Imagem: iStock

A princípio, é importante se familiarizar com os sinais existentes para poder monitorá-los de forma regular, buscando pintas de surgimento recente e algumas alterações nas mais antigas. Durante o autoexame, é possível encontrar sinais de que há algo errado. Fique atento a:

Lesões com aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e propensas a sangrar com facilidade.

Pinta preta ou castanha que muda de cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho.

Manchas ou feridas que não cicatrizam, continuam a crescer e apresentam coceira, crostas, erosões ou sangramento.

No caso do câncer não melanoma, apresenta-se tipicamente como uma mancha ou pápula avermelhada que sangra facilmente e não cicatriza, resultando em um ferimento persistente. Geralmente aparece em áreas expostas ao sol, como rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Costuma afetar mais homens que mulheres.

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Quanto ao melanoma, suspeite de qualquer sinal acastanhado ou preto que muda de cor, formato ou de tamanho, que provoque coceira e/ou esteja sangrando.

Os especialistas recomendam sempre considerar a regra do ABCDE ao identificar alterações nos formatos, cores e tamanhos das manchas:

A - Assimetria: uma pinta simétrica ao ser dividida ao meio é considerada normal; suspeite se houver assimetria.

B - Bordas: as bordas devem ser regulares; se forem recortadas, como um mapa, é preciso investigar.

C - Cor: a coloração deve ser homogênea; quanto mais heterogênea, com diferentes colorações como vermelho, branco, preto, azul, mais perigosa ela é.

D - Diâmetro: os sinais não devem ter diâmetro maior que 0,5 cm.

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E - Evolução: se houve crescimento recente ou mudança na coloração, a pinta precisa ser examinada com mais rigor.

Se houver qualquer suspeita, é importante procurar um médico para um diagnóstico e tratamento adequados.

Como fazer o autoexame?

Realize o autoexame em casa sem roupa e com calma.

Em frente ao espelho, examine o rosto, incluindo os lábios, em um local bem iluminado.

Continue analisando pescoço, tórax, braços, cotovelos, antebraços, dorsos e palmas das mãos.

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Verifique as unhas em busca de linhas escuras ou espessamentos persistentes.

Levante os braços para inspecionar as axilas.

Prossiga examinando as coxas, joelhos e pernas.

Utilize um segundo espelho para verificar a nuca, costas, parte posterior das coxas, joelhos e pernas.

Verifique todo o couro cabeludo, orelhas e atrás delas.

Examine as regiões genitais, nádegas e, por último, sente-se para verificar os dorsos e plantas dos pés, entre os dedos e as unhas dos pés.

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Crianças e idosos podem precisar de ajuda de outras pessoas para realizar o autoexame

O tumor é mais prevalente em pessoas com mais de 40 anos, especialmente aquelas com pele e olhos claros, que tendem a se queimar facilmente ao sol.

Histórico familiar da doença e uso de medicamentos imunossupressores também são fatores de risco identificados por especialistas.

Se houver dúvidas sobre alguma pinta ou mancha, procure um médico o quanto antes, o diagnóstico precoce ajuda a salvar vidas e evita que a doença afete outras áreas do corpo.

Fontes: Marco Túlio Cavalcante Oliveira, dermatologista do Hospital Universitário Walter Cantídio, do Complexo Hospitalar da UFC (Universidade Federal do Ceará); Karina Passos, dermatologista titulada pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) que atua em Recife, PE; Paola Pomerantzeff, dermatologista e membro da SBD e da SBCD (Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica); Elimar Gomes e Marcelo Sato Sano, dermatologistas do programa Juntos Contra o Melanoma do GBM (Grupo Brasileiro de Melanoma).

*Com informações de reportagem publicada em 28/03/2024

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