É possível menstruar no início da gravidez? Sangramento é diferente?
Grávidas não menstruam. O que pode ocorrer durante a gestação, principalmente no início, quando o embrião implanta no endométrio, é um pequeno sangramento, vermelho claro ou amarronzado, que dura de 2 a 3 dias.
Além disso, o sangramento na gravidez também pode ser uma ameaça de aborto, o que é mais comum no primeiro trimestre de gestação, mas nesse caso o sangue é mais intenso.
Outros motivos para o sangramento no decorrer da gestação são infecções, descolamento de placenta ou, em casos mais raros, inserção baixa de placenta, quando ela é implantada muito próxima ao colo do útero. Como o colo está bastante vascularizado, qualquer movimento intenso que a mulher faça pode causar sangramentos, que podem ser grandes ou só escapes, dependendo do nível do impacto.
Como saber diferenciar os sangramentos?
Menstruação: o sangramento menstrual costuma se apresentar em uma quantidade maior, vermelho, com coágulos e com duração entre 4 a 6 dias. Quando a menstruação está quase no fim, o sangue vai escurecendo;
Sangramento de escape: acontece com mulheres que tomam a pílula anticoncepcional. O escape, ou "spotting", vem no meio do ciclo, com cor escura e em pouca quantidade. Dura entre 2 e 3 dias —sem uma periodicidade;
Sangramento de implantação do embrião: quando o embrião implanta no endométrio (nidação), pode acontecer um pequeno sangramento, vermelho claro ou amarronzado e que dura de 2 a 3 dias;
Ameaça de aborto: pode ter variação de cor e quantidade. Para saber diferenciar, a mulher precisa estar ciente de que está grávida e, se isso acontecer, ela precisa ir ao médico com urgência.
Fontes: Antonio Leonardo Pereira Rosa, ginecologista e chefe da Unidade Materno Infantil do Hospital Universitário da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Ellen Machado Arlindo, médica do serviço de ginecologia e obstetrícia do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre; Rodolfo Pacagnella, vice-presidente da Comissão Nacional de Mortalidade Materna da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
*Com matéria de julho de 2021.
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