Irmã de Charles 3º estava hospitalizada por ferir a cabeça; veja riscos
A princesa britânica Anne, 73, irmã do rei Charles 3º e a segunda dos quatro filhos da rainha Elizabeth 2º, recebeu alta nesta sexta-feira (28), informou o Palácio de Buckingham. Ela estava hospitalizada na Inglaterra há cinco noites, depois de sofrer um leve ferimento na cabeça e uma concussão.
A causa, levantada pela impressa britânica, mas não oficialmente confirmada, teria sido uma queda de cavalo em sua propriedade, em Gloucestershire. Anne faz montaria e é medalhista em hipismo.
O palácio disse que a princesa voltou para casa em Gatcombe Park, no sudoeste da Inglaterra, onde se recuperará e voltará às funções públicas quando sua equipe médica permitir.
"Gostaria de estender meus mais sinceros agradecimentos a toda a equipe do Southmead Hospital por seu cuidado, experiência e gentileza durante a curta estadia de minha esposa", disse o marido dela, Tim Laurence.
Pancada na cabeça requer atenção
Uma pancada na cabeça é sempre sinal de preocupação. Em uma batida leve ou um acidente mais pesado, as consequências podem ir de uma simples dor de cabeça a questões mais graves:
Concussão cerebral: um tipo de trauma cranioencefálico que engloba sintomas como dor de cabeça, dificuldade de concentração, sensibilidade a barulhos, tonturas, insônia, dificuldades visuais, que se resolvem em dias a semanas.
Hematomas intra ou extracerebrais: sangramentos que podem ocorrer entre as membranas cerebrais ou externamente na cabeça.
Fratura do crânio: quebra nos ossos que formam a estrutura protetora da cabeça. Pode variar em gravidade, indo desde pequenas rachaduras até fraturas mais graves, que podem causar danos ao cérebro e outras estruturas.
Traumatismo cranioencefálico grave: pode gerar perda de consciência, confusão mental, problemas graves de memória, alterações de humor e de personalidade, crise convulsiva, paralisia de braços e pernas, dificuldade de fala.
O que fazer nessa situação?
Quando a pessoa está desacordada, buscar ajuda imediata e evitar movimentá-la. Como há risco de lesão não só cerebral, mas também da coluna cervical, o ideal é evitar, principalmente, mexer em seu pescoço. Tente deixar a pessoa em uma superfície plana, com as costas bem apoiadas.
Se a pessoa estiver acordada, testar seu nível de consciência. Converse com ela, fazendo aquelas perguntas básicas como o nome, idade, em que mês e ano estamos e que local é aquele. Vale também observar se a pessoa consegue abrir e fechar os olhos e movimentar seus braços e pernas a comandos simples.
É possível ir para casa se ela responder a tudo certo, conseguir se movimentar de acordo com os comandos e não apresentar os sintomas mencionados. Mas sempre observando se os sinais não aparecerão mais tarde. Se surgirem, é importante buscar ajuda médica imediata.
Fontes: Feres Chaddad, professor e chefe da disciplina de neurologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e chefe da neurocirurgia da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Marcos Lange, neurologista do CHC-UFPR/Ebserh (Complexo Hospitalar das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e coordenador da pós-graduação em neurossonologia do Cetrus (SP); Samir Magalhães, neurologista e chefe da divisão médica do Hospital Universitário Walter Cantídio, do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh (Universidade Federal do Ceará).
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