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OMS alerta para nova variante mais perigosa de mpox

Imagem: iStock

Colaboração para VivaBem*

01/07/2024 16h27

A OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou, no dia 14 de junho, para uma variante mais perigosa da mpox, doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos. De acordo com a entidade, a República Democrática do Congo enfrenta, desde 2022, um surto da doença e a intensa transmissão do vírus entre humanos levou a uma mutação até então desconhecida.

Segundo a OMS, a taxa de letalidade pela nova variante, chamada de 1b, na África Central chega a ser de mais de 10% entre crianças pequenas, enquanto a variante que causou a epidemia global de mpox em 2022, a 2b, registrou taxa de letalidade de menos de 1%.

A entidade contabiliza atualmente mais de 95 mil casos confirmados da doença em 117 países, além de mais de 200 mortes.

É um número impressionante quando se considera que apenas alguns milhares de casos de mpox haviam sido relatados até então em todo o mundo e, de repente, estamos nos aproximando de 100 mil casos. Rosamund Lewis, líder técnica sobre mpox do Programa de Emergências Globais da OMS

Que variante nova é essa?

Segundo a especialista, o surto específico, registrado desde setembro de 2023 no leste da República Democrática do Congo, na província de Kivu do Sul, é causado por uma cepa de mpox com mutações até então não documentadas. "Essas mutações sugerem que o vírus tem sido transmitido apenas de humano para humano", disse

A epidemia global de mpox em 2022 aconteceu sumariamente por via sexual. Dados recentes da OMS já indicam que um terço dos casos da nova variante 1b foi identificado entre profissionais do sexo. Há ainda evidências de que a infecção em mulheres grávidas pode causar sérios impactos no feto.

Estamos vendo a variante 1 sendo transmitida de pessoa para pessoa por meio do contato sexual em áreas com alta densidade populacional e com grande fluxo de pessoas cruzando fronteiras. Estamos apoiando países para que estejam alertas naquela região. Rosamund Lewis, líder técnica sobre mpox do Programa de Emergências Globais da OMS

Até agora, nenhum caso desse subtipo foi identificado fora da África. Mas a epidemia crescente no Congo ainda representa uma ameaça global, assim como as infecções na Nigéria desencadearam o surto de 2022, dizem os especialistas.

Risco de novo surto

Em maio de 2023, depois de significativa queda no número de casos da mpox, a OMS deixou de classificar o surto como uma emergência de saúde global, e o assunto praticamente desapareceu dos noticiários.

Desde então, os casos de mpox ao redor do planeta na verdade nunca deixaram de acontecer, mas de fato se tornaram menos frequentes que no auge do surto.

"Esse cenário de calmaria, no entanto, parece estar mudando. A mesma OMS que rebaixou o alerta em relação ao mpox em maio de 2023, publicou um documento demonstrando preocupação com o risco de um novo surto mundial de casos da doença, mas agora causado por um subtipo diferente do vírus", informa Rico Vasconcelos, infectologista e médico pesquisador da Faculdade de Medicina da USP.

O alerta da OMS, entretanto, não é criar pânico, mas ressaltar a importância de não se baixar a vigilância epidemiológica no atual momento.

A doença

A mpox é zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas podem aparecer antes. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

De acordo com o Ministério da Saúde, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas (período de incubação) varia de três a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Depois que as crostas na pele desaparecem, a pessoa infectada deixa de transmitir o vírus.

*Com informações de texto de coluna de VivaBem de 22/12/2023 e da Agência Brasil

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