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Mau hálito: exame descobre causa do problema em menos de 10 minutos

Será o fim do mau hálito? Imagem: iStock

Colaboração para o VivaBem, em São Paulo

12/07/2024 04h00

O mau hálito é um baita problema, pra qualquer pessoa. Também conhecido como halitose, atinge 30% da população brasileira, segundo a Associação Brasileira de Halitose (ABHA) e pode ser provocado por diversos motivos, como falta de higiene bucal, má alimentação e algumas doenças.

Se você sofre a condição, saiba que é possível descobrir as causas do mau hálito em apenas alguns minutos, com um simples exame chamado de Cromatografia Gasosa do Hálito. O teste usa um aparelho que é parecido com um bafômetro e consegue detectar e medir a quantidade dos três gases que causam a halitose: o sulfureto, o metil mercapitana e o dimetil sulfeto.

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No exame, o paciente deve bochechar durante um minuto um líquido chamado cisteína, um aminoácido que serve como estímulo para as bactérias que produzem o mau hálito. Depois, fica com a boca completamente fechada por três minutos. Após esse tempo, coleta-se com uma seringa cerca de 1 ml da amostra do hálito e injetamos no aparelho, que iniciará a averiguação dos gases. Em cerca de quatro a oito minutos, dependendo do aparelho, sai o resultado.

Ao término do exame é exibido um gráfico com os resultados, informando as concentrações dos três gases. Esse laudo servirá para que um especialista indique a melhor solução para o paciente, caso seja constatado que ele tem halitose.

Além desse teste, há outras análises para detectar o problema. A mais prática delas é o teste sensorial baseado na percepção do mau hálito. Este método não necessita de equipamentos ou técnicas sofisticadas, apenas um tubo plástico que é inserido na boca do paciente, usado para que o examinador sinta o odor do ar exalado pela pessoa.

As causas

Diversos são os motivos para o desenvolvimento do mau hálito, porém, de acordo com a ABHA, 90% dos casos são de origem bucal. Entre os principais fatores estão: má higienização bucal, saburra lingual, placa bacteriana, cáries dentárias abertas e extensas, neoplasias, estomatite, restaurações ou próteses mal adaptadas, hipofunção de glândulas salivares anquiloglossia, periodontite e cáseo amigdaliano.

O diabetes também pode causar a halitose. Além disso, hábitos ruins como tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, a diminuição na produção da saliva, alterações nos pulmões, no fígado e no intestino e sinusite aguda, em que ocorre o gotejamento da secreção infectada na garganta, também ocasionam o mau hálito.

O refluxo gastroesofágico é outro fator que pode levar ao mau odor na boca, devido à transmissão do conteúdo do estômago até o esôfago e laringe.

Como acabar de vez com o mau hálito?

Após identificar a causa do problema com o exame, a pessoa é direcionada ao tratamento. Se for de origem bucal, é indicada a limpeza e higienização correta da boca, feita por um dentista. Inicialmente, ele irá remover as bactérias que estão gerando o odor ruim. Após isso, o paciente receberá orientações de como fazer a correta limpeza da boca, com a indicação de produtos específicos para que essa higiene se mantenha eficiente.

Para evitar que a halitose se instale em sua boca, o melhor remédio é sempre a prevenção: higienização e hidratação bucal de forma adequada, assim como manter horários curtos entre refeições, eliminar infecções na boca e evitar alimentos compostos de enxofre ou outros gases.

Além disso, é importante realizar um check-up anual para saber se você não possui nenhuma doença que pode ser a causadora do mau hálito.

Fontes: Marcus Vinicius Simone, especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial pela Universidade de São Paulo (USP); Maurício Conceição, membro fundador e ex-presidente da ABHA; Carlos Alberto Monson, dentista e professor; Rafael Landim, dentista graduado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Araçatuba; Ligia Maeda, otorrinolaringologista especialista em halitose; Tamara Vilela de Pinho Leite, dentista formada pela Universidade de São Paulo (USP); Sandra Torres, professora do Departamento de Patologia e Diagnóstico Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

*Com informações de matéria publicada em junho de 2018.

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