'Maior obeso do mundo' perdeu 200 kg; os riscos do excesso de peso

O britânico Paul Mason, 64, chegou a pesar 420 kg e era considerado o homem mais obeso do mundo. Ele ficou famoso em 2010, com o documentário "The World's Fattest Man", que explorou seus hábitos nada saudáveis. Mason ingeria 20 mil calorias por dia e incluía em sua dieta diária fast food, frituras e 40 barras de chocolate.

De acordo com o jornal O Globo, Mason hoje pesa 216 kg, graças a uma cirurgia bariátrica realizada em 2010. Ele vive acamado, mas comemora, afirmando que não está em seus planos voltar ao peso de antes.

"Um médico uma vez me disse que eu teria sorte se chegasse aos 40 e agora aqui estou, quase um aposentado. Posso não andar mais agora, mas estou em paz com isso. Só quero usar meu tempo para ajudar os outros e garantir que eles não cometam os mesmos erros que eu cometi", revelou à publicação.

Hábitos ruins ditaram sua vida

A compulsão alimentar de Mason começou quando ele ainda era um jovem de 20 anos e sofria de problemas emocionais. Com a bariátrica, três décadas depois, ele conseguiu chegar aos 127 kg. Entretanto, passado algum tempo e após seu relacionamento amoroso terminar, ele voltou a ter compulsão e a engordar —embora não tenha voltado ao peso anterior.

Em 2021, além de Mason cair em depressão, ele foi hospitalizado com covid-19. "Ficou tão ruim que eu não conseguia respirar e eles mandaram um paramédico que insistiu que eu fosse para o hospital. O problema era que o elevador estava quebrado, então tiveram que chamar duas equipes de bombeiros para me carregar escada abaixo. Foi horrível. Havia pessoas do lado de fora tirando fotos", contou, descrevendo a situação como um vexame.

Durante os 18 meses que ficou internado, seus rins pararam e ele precisou usar um medicamento específico para os órgãos voltarem a funcionar. Hoje Mason mora em uma casa de repouso no sul do Reino Unido. Sua cama tem polias que o ajudam a se mover e ele utiliza uma cadeira de rodas específica. Quando se sente bem, ele se reúne com outros residentes e se dedica à jardinagem.

Obesidade adoece e mata

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Imagem: iStock
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A OMS (Organização Mundial da Saúde) define a obesidade como o acúmulo de gordura no corpo capaz de fazer mal à saúde. A doença é considerada pandêmica, crônica e complexa e se classifica em 2º lugar entre as causas de morte que poderiam ser prevenidas, perdendo apenas para o tabagismo.

O problema acomete homens e mulheres igualmente, inclusive na infância e na juventude, mas na hora de procurar por ajuda médica, o grupo feminino sai na frente. Como a obesidade pode levar a outras e variadas doenças (AVC, diabetes, refluxo), o ideal é agir rápido para iniciar o tratamento. Ele é sempre personalizado e se fundamenta em mudanças de hábitos de vida (dieta, exercícios físicos etc.), apoio psicológico, medicamentos e, em último caso, intervenção cirúrgica.

*Com informações de reportagem publicada em 16/11/2021

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